Dos grandes, só o Coritiba ganha

Dos considerados grandes do futebol paranaense, só o Coritiba venceu na primeira rodada. O Atlético decepcionou ao apenas empatar com o Toledo e o Paraná foi a grande frustração ao perder em casa do Rio Branco. Fator decisivo para o Atlético não convencer foi a lesão muscular de Paulo Baier. Perda que atrapalhou os planos de Antônio Lopes, pois o substituto, Ne­­­ti­­nho, não produziu o suficiente no meio de campo.

O Paraná promoveu a estreia de cinco jogadores e nenhum agradou. O setor de criação tricolor foi apagado. Para complicar e comprometer ainda mais, o treinador do Paraná deu uma nova função tática para Marcelo Toscano. Errou. Toscano se fez artilheiro jogando à frente e não armando. Se a ideia era fortalecer a ofensiva, o tiro ganhou di­­reção errada. O Toscano não foi armador e menos ainda atacante. Resultado: o Rio Branco foi um time determinado e ganhou com a ajuda da fraqueza paranista. Os dois gols de cabeça do Rio Branco contaram com a omissão dos marcadores do Pa­­raná. Derrota complicada do Pa­­raná.

Coxa agrada

O jogo de estreia do Coritiba no Campeonato Paranaense mostrou os acertos do grupo que administra o clube depois da desgraça do rebaixamento e da selvageria ocorrida no Alto da Glória. Sempre me coloquei a favor da permanência do técnico Ney Franco, conhecedor do elenco e sabedor de quem seria útil dentro da nova política financeira definida pela diretoria. Ficaram os que mostram disposição e foram embora os maiores responsáveis pelo rebaixamento.

Duas boas novidades na partida contra o fraco Serrano: Rafinha e Enrico. O primeiro, todos conhecíamos do Paraná, talentoso, ágil e armador de qualidade, com o mérito de ter boa chegada ofensiva. Enrico joga no sentido vertical, vai atrás do gol e mesmo sem marcar mostrou ser um bom finalizador. Possui velocidade e noção da colocação dos companheiros. Dos remanescentes, gostei da atuação de Marcos Aurélio pela mo­­vimentação e igualmente por jo­­gar mais ofensivamente procurando a direção do gol. O futebol do argentino Ariel ganha afirmação quando joga na área. Quando tenta mudar sua grande virtude vira um jogador estabanado. Mas na área tem grande utilidade. É ali o lugar dele.

Para melhorar o desempenho defensivo e jogar com dois zagueiros, penso que a solução adequada é a escalação de Dirceu no lugar de Pereira, lento e vulnerável.

Abertura

No jogo que abriu o campeonato o Corinthians Paranaense derrotou o Cianorte e outra vez promete ser um time competitivo, característica que cultiva há um bom tempo, graças a boa organização e seriedade no relacionamento profissional com a estrutura de trabalho.