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A suada vitória do Paraná em cima do América de Natal só será completa com outro resultado positivo contra o Criciúma, amanhã à noite, na Vila Capanema. A saída provisória da zona do rebaixamento terá o sabor de um grande avanço com um resultado positivo diante do time catarinense.

Poderá ser o tempo necessário que o Tricolor precisa para quebrar a tensão emocional, recuperar a tranqüilidade que perdeu faz tempo e, finalmente, adquirir outra vez a confiança do torcedor.

Contra o time potiguar o público foi dos menores e sem muito entusiasmo. Estou certo de que a reação popular acontecerá amanhã, quem sabe, o dia da redenção paranista.

Time de sangue novo

Paulo Comelli precisa valorizar os jogadores feitos no Paraná, casos específicos de Giuliano e Pimpão. Gente que não apenas conhece a história do clube que defendem. Mais importante é que fazem parte desta história. Mas há razões outras que justificam a escalação como titulares desses jogadores. São qualificados, lutadores e se entregam à causa com dedicação especial.

Mesmo não sendo feito no Paraná, incluo na lista o lateral Murilo, autor do gol salvador nos acréscimos do jogo contra o América. Não estou falando apenas pela juventude dos três, mas pela notável vontade de ganhar, sob a inspiração de uma doação física e emocional que faz a diferença. Se o time, com os três, pode melhorar no desespero do segundo tempo, por que não os escalar desde o início?

Dizer que falta experiência é balela. Há jogadores experientes que não jogam por falta de condições físicas, ou, até, por ausência de compromisso com o histórico do clube e sem ligação com a cruel realidade.

O momento do Paraná não exige preciosismo. Apenas as vitórias são fundamentais, custem o que custar. O preço dessas vitórias é a permanente dedicação à paixão dos sofridos torcedores. Para refrescar a memória de Comelli. Outro dia, depois de nova derrota, o lateral Murilo saiu de campo chorando de tristeza. Jogador de futebol tem que ter vergonha na cara, faz parte do caráter dos dedicados.

Quem será o campeão?

A queda do Grêmio e a recuperação do Palmeiras são fatores para a emoção que vai tomando conta do Campeonato Brasileiro. Além dos dois primeiros, não se deve desprezar o Cruzeiro, Flamengo e os que estão fora do G4, especialmente São Paulo e Botafogo. O Coritiba merece ser citado, por enquanto, como candidato à Libertadores. Ganhando do Atlético e, dependendo da combinação de resultados, pode pensar grande.

Dorival Júnior tem o time sob liderança, inteiramente comprometido com resultados mais animadores. Tudo está em paz no Alto da Glória. Reforçar a esperança é necessário. Para o Coritiba é a sinalização de melhores e prósperos dias.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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