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O Paraná derrotou o Nacional. E daí? Ganhou de um adversário que perdeu todos os jogos que fez pelo Campeonato Paranaense. O que o bom goleiro Flávio ganha por um mês de trabalho dá para pagar o elenco inteiro do clube de Rolândia. Desta vez o técnico Zetti escalou quatro novos jogadores, tidos como reforços para a Libertadores: Daniel Marques, Aderaldo, Dinélson e Vinícios Pacheco. Nenhum deles jogou mais futebol que Gérson, cada vez mais importante para a equipe.

O Paraná não tem que se preocupar muito com o Estadual. É uma competição de grandes limitações técnicas. O Atlético com o time B, o Coritiba em busca de qualidade e time competitivo e a maioria dos demais sem qualificação.

Estratégia duvidosa

A prioridade do Tricolor deveria ser a Copa Libertadores que dá mais prestigio, mais dinheiro e amplitude conceitual. Ao desmanchar o time que ficou entre os cinco melhores do último Campeonato Brasileiro a diretoria paranista adotou uma estratégia duvidosa, que pode se transformar em suicida.

A conquista da vaga para jogar a mais importante disputa das Américas deveria merecer mais cuidado, prudência e preocupação com a força e a qualidade da equipe. Não foi o que aconteceu. O Paraná priorizou a venda de jogadores. Desmontou um time vencedor e se contentou em contratar alguns jogadores reservas de clubes de futebol medíocre no último nacional.

Penso que faltou visão aos dirigentes para enfrentar o desafio representado pelo torneio Sul-Americano. O clube precisa de dinheiro, poderão dizer alguns, mas é bom lembrar que se for eliminado pelo Cobreloa o Paraná deixará de ganhar mais do que faturou com o leilão dos autores da proeza de chegar à posição que conquistou.

O que fazer?

Agora, é acreditar na dedicação, na superação e na responsabilidade profissional do elenco. O time é quase totalmente novo, o tempo para dar sentido coletivo de jogo à equipe é reduzido e fazer novas contratações para a estréia no primeiro dia de fevereiro, convenhamos, é missão de resultados duvidosos. Além das virtudes mencionadas, que espero movam a ação dos tricolores, será preciso contar com a sorte e torcer para que o time chileno não esteja bem preparado. No mais, é lembrar que o futuro a Deus pertence. Amém.

Crise moral

Quando é que o futebol paranaense será moralmente recuperado? Que a justiça desportiva será exemplo e não motivo de vergonha? Que os "eleitores" da Federação Paranaense terão vergonha de convalidar a imoralidade?

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