A convocação feita por Dunga nas últimas horas confirmou o que já se esperava. Ronaldo (o gordo) e Ronaldinho Gaúcho (o festeiro da Itália) não estão na lista. Jogadores que foram brilhantes, craques talentosos, mas que se perderam no meio do caminho por falta de firmeza de caráter e de comprometimento com a profissão.
Enriqueceram pelas virtudes do futebol que jogavam, ganharam dinheiro fácil e se entregaram à vida mundana. Faltou cabeça para os dois. Jogaram ao relento as qualidades extraordinárias que cultivaram com o apoio incondicional da torcida brasileira e do mundo. Não foram felizes na formação pessoal, deterioram o talento ofertado por Deus e aperfeiçoado pelo homem. Pródigos, fizeram do dinheiro que ganharam com o trabalho, algo banal, sem escala de valores e investiram na autodestruição profissional. Se expuseram ao ridículo moral.
Gestos que constrangem, uma orgia de causar arrepios. Triste, porque na escassez de grandes craques, Ronaldo e Ronaldinho (até parece dupla caipira) não deram o devido valor ao que fizeram com tanta arte. Subiram e despencaram, mergulhando no abismo do descrédito. Não foram esquecidos por Dunga, mas, ignorados de forma implacável.
Os Ronaldos escreveram com finesse o lado bonito do futebol e depois de consagrados não souberam conservar e expandir o tamanho do livro recheado de glórias. Optaram por reescrever a história com passagens que mancharam com tinta negra os capítulos escritos e que fizeram brilhar os olhos dos observadores e desiludir torcedores que não cansaram de aplaudi-los com o maior entusiasmo.
Lamentável, poderiam escolher uma vida espelhada em Pelé e outros fantásticos craques do mundo do futebol.
Perderam o respeito e destruíram a admiração que inseminaram na população brasileira. Não merecem compadecimento e nem solidariedade. Apenas a reprovação pública pelos últimos tempos de conduta anormal para desportistas idolatrados pelo glamour do futebol.
Dunga agiu bem. Aplicou a mesma seriedade dos tempos de jogador. Responsável, sério, devotado de corpo e alma à missão de ser exemplo de homem ao defender clubes e a nossa seleção, um santuário de inspiração quase secular.
Aos jovens fica gravado o exemplo inapagável. Não vale a pena trocar virtudes pelas orgias da noite e a ilusória ideia de que a fama deve ser comemorada assim.
Jogar futebol profissional representa a entrega total ao trabalho, com dignidade e subordinação aos melhores princípios éticos.
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