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A derrota do Coritiba em São Januário oferece ao Vasco o direito de empatar no Alto da Glória para ser o campeão. Ontem à noite, o Coxa realizou um primeiro tempo de muita marcação, uma postura exemplar, porém sem êxito na busca por contra-ataques. O time paranaense esperou em vão o contragolpe fatal.

Na fase final do duelo carioca, o Vasco produziu um correto lance coletivo e marcou o seu gol com o atacante Alecsandro. Modificado no meio de campo e ataque, o time de Marcelo Oliveira ganhou oxigênio e criou uma clara chance de empatar o confronto. O Coritiba lutou até o fim, mas faltou um algo mais.

Na segunda partida, sem dúvida, o Coritiba mostrou que pode reverter o quadro e se tornar o melhor time desta disputada Copa do Brasil.

Mais Blatter

Mais uma reeleição do presidente da Fifa. Quarto mandato conquistado em clima de numerosas denúncias de corrupção e uma ameaça da Inglaterra para que o pleito de ontem fosse adiado até o esclarecimento da área cinzenta do evento eleitoral. Na verdade, foi uma homologação do senhor Blatter como presidente da poderosa e milionária en­­tidade que comanda o futebol mundial. Sem adversário ficou muito fácil para o presidente eleito na sucessão de João Ha­­velange conseguir um "plus" em sua quase eterna gestão presidencial.

A Fifa administra uma fortuna de dinheiro de patrocinadores e eventos que organiza, com destaque, claro, para a Copa do Mundo. Uma entidade com enorme poder de fogo, a começar pela definição das sedes dos campeonatos mundiais. Corrupção generalizada liderada por compradores e vendedores de votos. Países que não estão preparados para sediar uma Copa podem ser escolhidos pelo Comitê Executivo composto por duas dezenas de pessoas. Pouca gente para comprar e vender apoio. E isso acontece, não é ficção.

Participante da "patota" que pilota o futebol mundial, Ricardo Teixeira é acusado de praticar vários atos de corrupção. A sensata posição dos ingleses – sugerindo a transferência da eleição até o esclarecimento da nebulosidade moral – foi derrotada. Faltou apoio.

O próprio Blat­­ter é acusado de praticar atos de corrupção. Feito o grande conchavo para manter o pleito para ontem, não restou outro caminho. A homologação da candidatura do novo magnata do futebol foi uma barbada. Para seduzir os eleitores mais exigentes e éticos, Blatter promete fazer a escolha dos próximos mundiais mediante a votação de todos os mais de 200 filiados. Assim, quem quiser comprar apoio vai precisar gastar muito mais dinheiro.

Não sei se será mesmo um obstáculo para os corruptos. As indústrias de material esportivo estão aí para prestar favores em troca de benefícios comerciais. O futebol, sua arte e po­­der de sedução popular não merecem tamanha violência moral. Uma vergonha.

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