Os paranistas não demonstraram entusiasmo ma­­ior do que antecipadamente já se esperava. Frequência baixa de eleitores e acentuado descrédito dos candidatos que surgiram à última hora. Eleição sem debate de propostas não tem graça. Até parece que os dois candidatos combinaram o que dizer em público.

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E só foram evidências claras que ficaram no meio dos rescaldos de mais um ano perdido da vida do clube. Ano em que nada foi aproveitado. Nem o fraquíssimo Campeonato Paranaense deixou saldo positivo para o Tricolor. Moralmente rebaixado, aguarda decisão do STJD para saber se o Rio Branco perderá uma penca de pontos por usar um jogador de maneira irregular.

Na Série B um desastre, depois de algumas fundadas esperanças. No debate pobre de ideias a única novidade foi apresentada pelo candidato oposicionista, prometendo um estádio de futebol digno de um grande clube. No mais a mesmice de sempre de um clube abalado, atingido de morte pelas más administrações dos últimos anos.

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Claro que não seria crível esperar presença maior de eleitores. A descrença no clube é fatal. As soluções dos problemas são de sérias dificuldades. Fico a me perguntar como é possível uma entidade que surgiu sob o signo da grandeza ser depredada de modo tão avassalador, retirando do dicionário do clube a palavra esperança.

Espera-se que o clima depressivo seja mexido com obstinação pelos eleitos, recuperando a confiança da torcida. Despertar o clube com trabalho inovador e forte.

Baixo quórum

Menos de 650 votantes compareceram à eleição. A situação venceu com 412 votos e a oposição somou 236 sufrágios. Uma lástima votação tão pobre, sem maior interesse dos 4 mil sócios aptos a votar. Prova de substancial de­­sin­­teresse pelo futuro do clube. A vitória da situação política mostra que os sócios, acomodados, estão felizes com o péssimo desempenho do Tricolor. Não há outra conclusão. Uma pena que o clube que nasceu gigante esteja tão apequenado. A acomodação é tão grande que o Paraná enfrenta o quinto ano de Série B. Um absurdo assimilado com desfaçatez pelos eleitores. Ao reeleger os mesmos que tanto fracassaram, qualquer mudança nos rumos paranistas será bem-vinda.

Papel da oposição

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Ajudar criticamente é importante. Fica para o colunista uma grande dúvida. O que motivou o apego ao poder do grupo vencedor. Um comportamento estranho para um grupo perdedor, sem piedade. Durante a campanha não manifestei preferência por ninguém. Não é o meu papel. Desejo sorte aos vitoriosos e muito juízo na condução da vida combalida do Paraná. Sobra para a oposição a coragem de ter enfrentado uma máquina enraizada no Tricolor.

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