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Mais uma derrota jogando em casa faz do Paraná um time decadente neste Campeonato Brasileiro. Vítima da constante troca de comando técnico o Tricolor começa a causar preocupações sérias. Faz uma campanha irregular e conseqüentemente perde a auto-confiança e tira do torcedor o otimismo, especialmente, quando o público é bom na Vila Capanema.

Ontem, mesmo com a baixa temperatura os paranistas foram ao estádio, incentivaram a equipe e saíram lamentando outro insucesso. A estréia do técnico Leão não poderia ter sido melhor. Arrogante, mas competente, Leão é um vitorioso.

Do lado tricolor, Gílson Kleina colhe dois resultados negativos consecutivos. E uma boa parte da torcida que não gostou da contratação dele já começa a bombardear o seu trabalho. Kleina é um bom caráter, tem conhecimento, educado no relacionamento social e busca com tenacidade sucesso na profissão que abraçou.

Minha impressão é que falta sorte ao técnico do Paraná. No jogo de ontem ele foi coerente, mudou o time e procurou o ataque. Empatou o jogo através de um bonito gol de Vinícius Pacheco. Pouco depois aceitou dois gols do adversário em sucessivas falhas da defesa. Nova derrota. A sorte do treinador está vinculada à eficiência do time em campo, o que faltou ao Paraná no jogo de ontem, como já faltara em Porto Alegre contra o Internacional.

No relacionamento específico com o Paraná, Gílson Kleina tem contra ele os antecedentes que marcaram sua primeira passagem pelo clube. Não foi feliz e ficou a marca de derrotado. Superar a impressão passada é o grande desafio de agora. Missão complicada porque Kleina trabalha com jogadores que ele já recebeu empacotados e não teve o direito de opinar, apesar de tê-los aceitado sem reservas. Agora, não adianta reclamar de Gílson Kleina. Quem deve explicações é a diretoria do Paraná Clube.

Atlético lutador

Sabemos, todos, que o time do Atlético é muito limitado. O futebol é tratado na Baixada como um mercado vendedor. Formar um bom time requer a busca incessante por bons jogadores, o que os dirigentes não têm feito. Contra o Grêmio o Atlético foi castigado pelas circunstâncias do jogo. Perdeu Alex Mineiro e Evandro, seriamente lesionados. Conseguiu um empate que premiou a luta dos jogadores.

Coritiba irregular

O Coritiba fracassou em Salvador. Um primeiro tempo horrível e um crescimento razoável no tempo final, ainda assim, insuficiente para evitar a derrota. Não dá para compreender tantas oscilações do time do Alto da Glória. O humor dos jogadores coritibanos varia muito rapidamente. Falta constância. Falha para René Simões consertar com o apoio da psicologia.

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