Às portas do centenário de fundação, o Coritiba está entre o presente e o futuro e de forma interligada. O futuro não contempla somente o time de futebol. Pensando mais longe há uma mobilização pela valorização patrimonial. O Estádio Couto Pereira é o maior estádio de futebol do Paraná, mas, sabidamente, não é o mais moderno. O Alto da Glória foi projetado aos poucos e foi sendo feito com os acréscimos possíveis. Muitos percalços técnicos consumiram energias físicas e dinheiro dos cofres coritibanos. Hoje é um estádio que para ser modernizado precisa de elevados investimentos financeiros. O futuro exige do Coritiba ação de grande responsabilidade. Derrubar o estádio inteiro? Demolir o que está errado e fazer uma reforma ampla que transforme o Couto Pereira para melhor atender os torcedores? São as dúvidas imediatas, não só de natureza arquitetônica, também de adequação técnica.

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Deixando de lado o proselitismo e os devaneios é preciso pensar na viabilidade econômico-financeira. Assunto que não comporta palpite de amadores. Gente competente para tratar da matéria o Coritiba tem, a começar por empresários de sucesso, acostumados a lidar com grandes cifras. A mexida no Couto Pereira poderá ser o marco do centenário a ser festejado em 2009.

O Paraíba é isso aí

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Estou convencido que o futebol de Carlinhos Paraíba tem o tamanho do que ele está mostrando. Os julgamentos apressados estão sujeitos a erros. Por isso não aprovamos na Assembléia Nacional Constituinte a pena de morte. Um erro causado pela pressa seria irremediável. Simples exemplo ilustrativo.

Paraíba fez um bom começo de campeonato. Marcou gols e tentou outros, entusiasmando o público. Feita a média produtiva do jogador a conclusão é óbvia. Houve uma avaliação técnica precipitada. Como ele estava no Santa Cruz poucas pessoas conheciam o seu potencial, logo, fizemos um juízo de valor do futebol de Paraíba, no mínimo, apressadamente. Conseqüência lógica, erramos. Avaliamos mal. O jogador é útil e continuará a sê-lo sem fugir de suas características. Dorival Júnior não tem culpa alguma. Para ele quanto maior for o aproveitamento das qualidades de seus jogadores, melhor. A solução é não exigir de Paraíba o que ele não pode fazer.

Paraná melhora

Foram momentos raros de bom futebol, de desenvoltura ofensiva, de luta e empenho. O Paraná que derrotou o Bahia convenceu. Não saiu da área do rebaixamento, mas renovou a esperança da torcida que continua acreditando. O prazo da validade (para usar uma expressão tão utilizada nos últimos dias) do treinador Comelli foi ampliado. Conseguiu sua terceira vitória, contra cinco derrotas e um empate. Como atenuante é justo lembrar que os dois primeiros jogos foram para conhecer e identificar jogadores. A esperança está de volta.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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