Na coluna de segunda-feira mencionei que vários jogadores do Coritiba não conhecem a história do clube. Agora vejo que também existem diretores que ignoram a história, a vida e os nomes mais destacados do time do Alto da Glória. A atual diretoria pretendendo aplicar um golpe baixo nos concorrentes à direção do clube fez publicar uma relação de sócios totalmente desatualizada. Maurício Fruet e Bayard Osna, figuras eminentes da vida coritibana, foram incluídos na tal relação de gente habilitada a votar no próximo dia l6 de dezembro.
Um desrespeito, um deboche, um escárnio. Não estamos falando de pessoas de pouca visibilidade, quando vivas. Bayard foi presidente e arquiteto de várias iniciativas que valorizaram a existência do clube. Fruet, torcedor devotado desde os tempos de jornalista, dentre outros cargos importantes foi prefeito de Curitiba. Logo, o Coritiba demonstrou uma grande desorganização administrativa ou seus diretores foram autores de uma maldade que macula o nome do clube. Fruet e Bayard, falecidos há anos, não merecem o deboche público que lhes foi imposto por pessoas despreparadas para o embate eleitoral.
A memória dos dois deve ser preservada com carinho. A deles e a de outros tantos mencionados na lista de votantes. Uma lista mentirosa, para enganar os adversários que atingiu o coração do clube, abalando a sua credibilidade. Um episódio triste, que faz lembrar algumas passagens da última eleição, com acusações de fraude eleitoral. É tão fácil publicar a lista de sócios aptos a votar. É só identificar os que estão sem débitos na tesouraria, como ensina o Estatuto. Tarefa fácil. O Coritiba tem aproximadamente seiscentos sócios votantes. Só. Os atuais diretores não sabem conviver com a glória e com o insucesso. Nas vitórias, tripudiam sobre os que defendem pensamento contrário. Nas derrotas, hostilizam a torcida e os que aparecem pela frente. O Coritiba não merece tanto despreparo.
Federação muda
Por decisão judicial, a Federação Paranaense de Futebol tem nova diretoria. Assumem os que se opuseram a Onaireves Moura na última eleição. À frente, como presidente, Hélio Cury, o mais destacado cabo eleitoral de Moura, até o rompimento dos dois. Ganhou força nos clubes amadores e nas ligas do interior, distribuindo camisas, bolas calções e outras benesses, ao que consta, tudo com o dinheiro da FPF.Ao assumir espero que, ao menos, faça uma varredura total na atual administração e levante, com seriedade, a situação financeira e patrimonial da desacreditada federação. Não adianta trocar os personagens é preciso mudar o rumo da história.
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