Quem foi ao Pinheirão no sábado e teve acesso às informações transmitidas pelas emissoras de rádio ficou, no mínimo, com vergonha de fazer parte da desorganização comandada pela Portuguesa de Londrina com a cumplicidade da Federação Paranaense de Futebol. O time do interior deixou de jogar no Estádio do Café para economizar cinco mil reais. Deu as costas para a sua torcida e inverteu o mando de jogo, dando ao Coritiba o direito de jogar na capital. Estranho, não?

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Eram três horas (o jogo começou as quatro) e os portões do estádio estavam fechados. Os torcedores, sofredores de sempre, aglomerados, em pé e sob um sol fortíssimo, esperavam que a força policial chegasse para ingressar no estádio. Sete (não é conta de mentiroso) ingressaram no Pinheirão aos 44 minutos do primeiro tempo. No intervalo do jogo, a torcida do Coritiba ficou à frente do camarote da diretoria e gritou, com entusiasmo, palavras hostis ao presidente alviverde. Tumulto. Tentativa de invasão e nada de segurança pública.

É possível admitir tamanha desorganização num único jogo de futebol "profissional"?

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Falei em jogo de futebol. Que jogo? Um primeiro tempo nota zero. Modorrento, de matar de tédio. Para ampliar o descaso, o inicio foi marcado, na plenitude do verão, para o sol das l5 horas, sem piedade e respeito pelos jogadores. Vergonha total!

Os envolvidos na avacalhação devem um pedido de desculpa aos torcedores que foram ver o Coritiba ganhar de 2 a 1.

Mais uma vez Pedro Ken mostrou as qualidades que o fazem ser o melhor jogador coxa-branca. Consciente, habilidoso, chute forte, visão de jogo, determinado e prata da casa. Ponto para o Coritiba.

Na Vila ou no Couto?

O Paraná Clube está diante de um dilema. Enfrentar o Flamengo pela Libertadores na Vila Capanema ou no Couto Pereira. O time carioca tem a maior torcida do Brasil, mas, penso eu, perde para Corinthians e São Paulo aqui no Paraná. Logo, acredito, o Tricolor acerta se optar pelo Durival Britto. O estádio foi ampliado com o apoio financeiro dos compradores de cadeiras e camarotes.

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O clube recuperou a auto-estima e os resultados técnicos são convincentes. Mais: pela primeira vez os dois mil lugares para a torcida visitante serão vendidos e o espaço físico tomado.

Classificação

A Vila ficará ainda mais bonita. E uma vitória contra o Flamengo praticamente garantirá a classificação para a próxima fase. É tudo o que o Paraná Clube quer e precisa. E o futebol do Brasil também.

esportes@gazetadopovo.com.br