Simbolicamente terminou a primeira fase do Campeo­nato Brasileiro, Séries A e B. Como o certame é disputado por pontos corridos a luta continua e ninguém, com ambições mais sérias, pode esmorecer.

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O fato agradável é a recuperação do Atlético, saindo do naufrágio do rebaixamento. Conseguiu dar um salto de qualidade, formatando um time-base.

Carpegiani determinou nova postura quebrando a apatia da equipe que começou de forma de­­cepcionante o campeonato. Bom exemplo para corroborar minha convicção foi a vitória de ontem em Florianópolis. Por ter se empenhado até o apito derradeiro do juiz, o Rubro-Negro derrotou o Avaí aos 49 minutos em jogada de velocidade de Maikon Leite.

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O empate parecia satisfazer os torcedores, mas, jogador que se en­­trega ao trabalho com dedicação só se contenta com a vitória. O sentimento vitorioso fez Maikon tirar do fundo dos pulmões o oxigênio para disparar resolutamente em busca da vitória. Um gol que premiou o trabalho do jogador que o Atlético foi buscar no San­­tos. Grande vitória, merecida. Co­­lar no grupo dos melhores é motivo de afirmação para o time da Baixada. As contratações feitas com o campeonato em andamento mostram bons resultados técnicos.

Outra prova. Paulo Baier não jogou e nem acompanhou o grupo até Florianópolis. Símbolo maior do Atlético nos últimos me­­ses foi barrado depois das queixas públicas contra a escalação dele co­­mo volante com a missão de também marcar. O treinador apos­­tou e tirou o experiente Baier. E foi assim que ganhou o jogo de ontem. Sinal claro de que o elenco está robusto e pronto para responder às necessidades. Longe da zona dos desesperados e alimentando esperanças crescentes o Atlético conclui o primeiro turno com cacife para enfrentar com sucesso os jogos que restam. Não pode perder a concentração e nem imaginar que as vitórias acon­­tecem sem empenho extremo.

Série B

O Coritiba teve fases de empolgação. Liderou por um bom e justo tempo. Procurou energias e encontrou força moral, técnica e política para controlar prejuízos financeiros, ressentimentos e no­­tável e correta contrariedade com a dolorosa punição imposta pelo STJD. Não fosse um clube grande teria sucumbido sem reagir. Está no G4. Pena que deixou escapar a oportunidade preciosa de ser o primeiro colocado, folgadamente. Continua no caminho que pode levá-lo outra vez à Primeira Divi­são. Contará com o apoio da torcida no Couto Pereira. Com certeza.

Precisa,também, melhorar a produção técnica. Nos últimos jogos foi mal. Bom para o Alvi­­ver­­de que acumulou pontos importantes nos tempos nos tempos mais felizes da competição. As gorduras foram queimadas no tempo de desconcertante queda de produção. Os dirigentes não devem imaginar que a volta ao sagrado estádio do Alto da Glória será tudo o que o clube precisa para pavimentar a estrada de volta à elite. O time precisa melhorar e muito. Retomar o entusiasmo de antes e o compromisso com as vitórias imprescindíveis.

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