• Carregando...

esportes@gazetadopovo.com.br

Na cabeça de cada torcedor do Coritiba paira uma grande interrogação. O que vai ser do clube no campeonato da Segunda Divisão? Haverá condições de reagir e obter o acesso à elite do futebol brasileiro? As respostas só virão mais tarde, de acordo com o andar da carruagem. Hoje, o Coritiba padece – no time de futebol – de dois males. A equipe ainda precisa de reforços e o elenco é qualitativamente insuficiente para as dificuldades futuras.

O alento é o lançamento dos garotos revelados no Alto da Glória, conferindo-lhes importância e responsabilidade. Ótimo, sem dúvida, mas ainda é necessário mais. Em qualidade e quantidade, e não se procure separar as duas coisas. Nos últimos dois anos o Coritiba montou e desmontou várias equipes. Perdeu tempo e dinheiro. O mais grave: perdeu a confiança de sua torcida. Depois da posse de João Carlos Vialle as contratações têm sido mais cautelosas. Nada mais certo. Além das dificuldades técnicas existem os entraves financeiros.

Com o rebaixamento para a Segunda Divisão e a confirmação dele no último campeonato, o Coritiba sofreu perdas financeiras não superadas até agora. Contratos de locação de camarotes foram rescindidos por iniciativa de locatários. O quadro de sócios pequeno, pouco mais de 500 abnegados, ajuda muito pouco. Culpa da política administrativa que não se empenhou para arregimentar novos filiados.

Politicamente, parece que existe calmaria no Alto da Glória. A oposição dá uma trégua à situação. Não tem interesse em provocar novas convulsões. Quer preservar o clube. Impossível será segurar os brados das arquibancadas e os impulsos beligerantes do presidente coxa-branca. O futuro é uma incerteza. A torcida, cada vez mais ansiosa, espera por novos e positivos acontecimentos.

Competência de Zetti

Pelos resultados do Paraná na Copa Libertadores, o treinador Zetti pode ser consagrado nacionalmente. Do mesmo jeito como aconteceu com Caio Júnior, Cuca, Barbieri e mais remotamente Geninho. Já parece ser uma vocação do Tricolor, especialmente pela condução firme da política de futebol.

Na Libertadores Zetti tem posto a serviço de um time montado em cima da hora a bagagem internacional adquirida no São Paulo, clube que faz da competição verdadeira relação de paixão. Zetti viveu tantas emoções que aprendeu, na prática, como se joga com êxito a Libertadores. Como treinador, pela primeira vez, aplica a experiência acumulada no Paraná.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]