• Carregando...

Aclamado pela extraordinária torcida do Atlético desde o título brasileiro de 2001, o técnico Geninho se transforma em um verdadeiro santo para os rubro-negros. Não precisa de sagração papal. A canonização é um ritual da Igreja. Geninho se transforma em santo pela multidão que apostou toda fé em seu trabalho e pela fantástica competência para tirar um clube – e não só um time de futebol – do inferno ardendo em chamas e colocá-lo no paraíso dos que passaram pelo purgatório e alcançaram as bênçãos mais elevadas dos céus.

Superou dificuldades de todas as naturezas, a primeira delas a ausência de clima cordial entre os jogadores, brigados entre si, transformando o grupo em beligerantes sob a mesma bandeira. Recebeu uma equipe em frangalhos, jogadores veteranos e recheados de lesões, cansados e sem preparo técnico, físico e psicológico. Veio para fazer somente o que um santo com muita devoção poderia fazer. Operar o milagre que o Atlético precisava para ganhar alegria e despertar na torcida a confiança que estava perdida. Geninho é a humildade contra a arrogância; a competência contra a incapacidade; o conhecimento da arte do futebol contra os que pensam que entendem do assunto e não sabem praticamente nada. Geninho viu qualidade onde antes só existia defeito. Transformou um bando num grupo valoroso, lutador e determinado a seguir a palavra de liderança do santo eleito pelos torcedores do Atlético. Futebol não é para curiosos e vaidosos que gostam de holofotes de televisão, microfones de rádio e fotografias nos jornais.

E na vinda de Geninho o mérito é da torcida que nunca esqueceu do ídolo. Gritando o seu nome e inundando a Baixada com as lágrimas do apelo desesperado. Geninho veio para salvar o Atlético, recuperar a auto-estima dos jogadores e deixar, a todos nós, paranaenses, com a felicidade da permanência na Primeira Divisão.

Geninho, um santo das arquibancadas, dos bairros, dos pobres e dos que sabem que a vida não é da luxúria, mas dos que sabem ser guias do destino sem pretender a superioridade que Deus não aconselha. Geninho, o santo do Atlético que conduz o rebanho para um Natal feliz e alegre.

São Paulo hexacampeão

O outro santo da rodada, Paulo, levou o Tricolor do Morumbi a dois títulos históricos. Conquistou o sexto título brasileiro e o tricampeonato consecutivo. O São Paulo é o maior clube brasileiro e merecidamente mostra ao mundo do que é capaz. Tem o melhor técnico do país, uma estrutura que não perde para ninguém e jogadores que sabem lutar pelos seus objetivos. Rogério Ceni e Hernanes, como exemplos formidáveis. Ninguém, como o São Paulo, merece o título de Campeão do Brasileiro.

Três perdas do Paraná

•Rubens Cortese, fanático torcedor do Atlético e meu ex-companheiro de televisão;

•Felipe Vieira Castamann, jovem e vibrante torcedor do Internacional de Porto Alegre;

• Valêncio Xavier, cultor das artes e com quem trabalhei em rádio e televisão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]