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Mais uma vez a Fede­­ra­­ção Para­­naense de Futebol pratica uma aberração. O atingido é o Paraná Clube. Imaginei que depois da estupidez do su­­permando, que configurou uma das mais grotescas burrices da história do futebol brasileiro, os ocupantes das poltronas impregnadas de bactérias perigosas da FPF tirassem uma lição eterna para não cair outra vez em desgraça.

Todos consideram que errar é humano, mas insistir em errar é trágica ignomínia que não incomoda os responsáveis pelo despreparo para ler e interpretar textos de regulamentos usados pela CBF e as entidades a ela su­­bor­­dinadas. São uns anões da cultura, para dizer o mínimo. Para preservar clubes e jogadores é obrigatório um intervalo de 66 horas entre um jogo e outro. Pois para os "hermenêutas" de meia tigela da instituição que manda no futebol paranaense o interregno regulamentar é de 44 horas, o que obrigaria o Paraná Clube à inconcebível obrigação de expor seus jogadores ao malefício da exaustão física sem limites. Coisas de idiotia avassaladora.

Por falta de capacidade de entendimento, por má-fé, ou ainda por ausência absoluta de bom senso, os desbravadores da ignorância insistem em expor o Paraná ao ridículo brutal de jogar Copa do Brasil, Cam­­peona­­to Paranaense e Campeonato Brasileiro de forma simultânea, vítima dos erros do clube e agora da insensibilidade do Sr. Hélio Cury. E todos acreditávamos que sem o Onaireves as coisas melhorariam. Quanta ingenuidade. O Paraná não está pleiteando virada de mesa, obtendo vantagens no tapetão.

Em 1967, o Atlético foi rebaixado no Campeonato Para­­na­­en­­se. Os dois maiores rivais, Fer­­roviário e Coritiba, articulados com a própria Federação e com o desassombro de Jofre Cabral, mandaram o regulamento para a lata de lixo e o Atlético não caiu, reagiu e montou um time de grandes estrelas. O Rubro-Ne­­gro não tinha dinheiro nem para pagar hotel para a concentração. Usou dependências próprias do Ferroviário no Estádio Durival Britto sem desembolsar um centavo.

A situação de hoje é diferente. O Paraná Clube não quer voltar à Primeira Divisão de forma imerecida. Solicita, apenas, de­­cisões ditadas pelo senso inteligente de gente que não conhece boas normas de conduta, sem arranhar a ética. A Federação Pa­­ranaense de Futebol deveria fazer um esforço para recuperar o mínimo de credibilidade que ainda está sobrando. Sem turbulência ajudaria a resolver o problema sem arranhar qualquer dispositivo oficial. Para ser inteligente não basta colocar terno e gravata, é necessário não ser energúmeno.

Post Scriptum

Deus tenha piedade dos habitantes da vida sombreada por falta de conhecimento.

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