Do jeito que o Paraná Clu­­be está caminhando na Série B, o panorama é sombrio, mais uma vez. Ao ser derrotado novamente e sem esperança concreta de reagir, penso que a luta tricolor neste ano é, outra vez, fazer o possível para se manter na Série B. Todas as informações que ultrapassam os limites da Vila Capanema são pessimistas.

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O colapso financeiro é tão grave que até as contas bancárias já estariam bloqueadas. Cair para a Série C, nem pensar, pois, se isso acontecer, os complicadores serão cada vez mais angustiantes. Já existe um movimento no clube para terceirizar o futebol. Separar a estrutura patrimonial e social. Um clube que já contou com 25 mil sócios pagantes e que está atualmente em patamares insignificantes só pode estar sofrendo.

Tudo isso não acontece por acaso. Os bons dirigentes, idealistas com competência, parece que sumiram, esqueceram e arquivaram seu interesse pelo Tricolor. As últimas administrações afundaram o clube. Jo­­gadores valorizados no mercado interno e externo deixaram a Vila Capanema por dinheiro insignificante. Transações mal explicadas, nocivas ao clube e sempre danosas ao conceito da instituição.

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Não consigo entender por que a fuga de bons dirigentes ocorreu de forma tão brutal e coletiva. É uma sucessão de erros de vários anos. Tudo começou com a ex­­tinção do Ferroviário para uma fusão suicida com o Britânia e o Palestra, entidades já inativas, sem torcida e com dois pedaços de terra.

Ao contrário, o Ferroviário era um clube de massa, robusto, campeão e precursor do futebol paranaense no Brasileiro. Foi quem pela primeira vez participou de uma competição nacional, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ao lado das maiores forças técnicas do Brasil. Como sempre falei, a fusão seria um fracasso, e o foi, porque o Colorado não teve nenhuma expressão. A tentativa de solução foi nova fusão, agora com o Pinheiros, respeitado pela organização social e pelo belo patrimônio.

Homens de bem e com capacidade administrativa firmaram uma parceria que se mostrou acertada. Foram poucos anos de glória, até enquanto durou uma geração de apaixonados pelo futebol e não pelo dinheiro gerado por ele. Vieram os aventureiros e o desmonte inevitável. A recuperação não foi alcançada.

Os diretores movidos pelo apego afetivo ao clube rarearam. Resultado: o Paraná Clube está sumindo, não sem antes causar uma profunda tristeza em sua torcida. É um exemplo da transformação do futebol, de esporte para negócio comercial. Logo no Paraná Clube que nasceu para ser um clube empresa e hoje é quase massa falida. Lamentável.

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