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Esta deveria ser a providência imediata do Con­­selho Deliberativo do Paraná. Também caberia uma Assembleia Geral de Sócios para destituir a diretoria recém-eleita e ainda não empossada. O motivo da medida drástica é nobre e essencial. Os mesmos que cavaram a sepultura da instituição paranista estão outra vez agarrando o osso ardorosamente – não contentes com o que já fizeram, desgraçadamente, ao Paraná.

O clube sofre dores terríveis nas mãos dos mesmos incompetentes que já passaram pela direção do Tricolor, exceção do presidente eleito, um noviço na vida política do clube.

Para agravar a vida terminal do futebol paranista o Superior Tribunal de Justiça Desportiva praticou uma estultice ao ignorar o erro crasso cometido pelo Rio Branco e goleando o Paraná por 9 a 0 em decisão injusta e perigosa que presenteia o time de Paranaguá e aplica o golpe fatal no Paraná.

Aqui invoco dois aspectos da questão: o legal e o técnico. Juri­­dicamente o Rio Branco teria, obrigatoriamente, que pagar pelo erro de usar um jogador registrado irregularmente. O julgamento equivocado do STJD, quem sabe, foi tocado pela emoção comovente do competente advogado Domingos Moro.

Tecnicamente o rebaixamento foi consolidado no campo de jogo, em sombrio empate contra o Arapongas, com a participação da inépcia política do clube.

Duas faces de uma mesma história trágica.

A vergonha é geral e tende a ser maior ainda se o Paraná não receber uma benesse divina no jogo contra o Bragantino no sábado. A intervenção que sugiro servirá para refundar o Paraná, revitalizando a instituição com ideias novas, logo, sem os vícios escabrosos dos últimos anos, que vão do despreparo gerencial ao desvio de dinheiro e gastos perdulários do pouco dinheiro dos cofres paranistas.

A intervenção sugerida pelo colunista pode significar uma remodelação nos hábitos, nos costumes morais e na forma de gerenciar o clube que caminha, por culpa dos incapazes, para a Unidade de Terapia Intensiva. Tomara, sem a presença dos agentes de jogadores.

Post scriptum

O que levou o Paraná a não contratar um advogado habituado a atuar no STJD? Falta de dinheiro ou amadorismo? Fico com a segunda hipótese. O Tricolor não aprendeu a lição do Coritiba. O Alviverde constituiu um advogado que trabalha com frequência em julgamentos no Rio e se cercou de um notável grupo de advogados paranaenses. O Para­ná mais uma vez falhou, por ser amador na direção de matéria crucial para o clube.

Errar é da natureza humana, mas agir com desprezo à realidade que exige cuidados e atitudes especiais é absoluta falta de mínima sensibilidade e responsabilidade.

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