• Carregando...

Ricardo Teixeira deveria, ao menos, ser firme em suas decisões. Adora produzir confusão. Vo­­lúvel, não consegue resistir aos impulsos da vaidade pessoal e das pressões ameaçadoras. Com sustentação em parecer dos ad­­vogados da CBF foi explícito ao de­­clarar publicamente que o primeiro pentacampeão brasileiro era o São Paulo. Negou as pretensões do Flamengo. Mais tarde curvou-se ao olhar doce da senhora Patrícia Amorim, presidente do clube carioca, e voltou atrás, conferindo o título de 1987 ao Flamengo e consagrando-o o primeiro penta do Brasil.

Em qual Ricardo Teixeira vamos acreditar?

Além do olhar meigo de Pa­­trícia, Teixeira sucumbiu diante da ameaça de ação proposta pelo clube da Gávea. Esta história, todos conhecem, sabe o colunista. Inconformado, o Sport, de Re­­cife, recorreu ao Judiciário, mais uma vez, e o título concedido ao Flamengo como dádiva de Teixeira foi cassado há poucos dias por órgão de justiça se­­diado em Pernambuco. O São Paulo voltou a ser o primeiro penta nacional. O dono da Taça das Bolinhas.

Essa confusão ocorre pela conduta suspeita do presidente da CBF. Quer bater no São Paulo e fazer um agrado ao clube de maior torcida do país, o Flamengo. Neste momento al­­guns clubes, induzidos por Ricardo Teixeira e pelo seu "alter ego" Andrés Sanchez, criam outra confusão, agora, para a transmissão pela televisão dos jogos do Campeonato Brasileiro.

Se o presidente da CBF estiver preocupado de verdade com a situação financeira dos clubes do país trataria de socializar os estupendos lucros auferidos pela entidade que preside. Di­­nheiro que seria de grande utilidade para equipes como o Pa­­raná Clube, para exemplificar. Não é o que acontece. O sr. Tei­­xeira está no olho do furacão, outra vez, porque não sabe respeitar o torcedor e, menos ainda, as nossas instituições futebolísticas.

A disputa pelos direitos de transmissão dos jogos pela televisão deve ficar limitada aos interesses dos clubes e das emissoras. Mas Teixeira é inimigo do presidente do Clube dos Treze. Tentou desbancar Fábio Koff e perdeu a eleição quando apoiou Kléber Leite. A CBF deveria ficar acima desses interesses, alguns, inconfessáveis. Quem não ajuda não deve atrapalhar. É bom que os europeus, em especial, conheçam a personalidade controvertida do futuro candidato à presidência da Fifa. Assim, saberão escolher com consciência o mandatário maior do futebol mundial.

É só o leitor ter paciência e aguardar os escândalos que vão pipocar até a Copa do Mundo de 2014. Triste, mas conviver com gente que não inspira confiança dá nisso.

Post Scriptum

Se dependesse da vontade do colunista, Ricardo Teixeira estaria fora da CBF há muito tempo e o Clube dos Treze não teria nem sequer sido fundado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]