Com os resultados de sábado e sem depender dos jogos de ontem o J. Malucelli Futebol chegou ao topo da classificação do campeonato.Clube com transparência empresarial tem na humildade, na organização e na seriedade dos seus gestores as virtudes que faltam à grande maioria dos times brasileiros.
O perfil empresarial está no nascedouro da entidade, sabidamente de torcida minúscula. A humildade está na raiz dos seus fundadores, nada de pirotecnia e fome de espaços na mídia. Joel Malucelli, presidente de honra do clube, é proprietário de uma rede de comunicação estadual. Nem por isso o clube do Barigui tem cobertura privilegiada. É tratado com a dimensão do seu tamanho.
A organização e a seriedade dos seus gestores são um legado irretocável do grupo empresarial J.Malucelli, dos mais importantes do país e genuinamente paranaense, motivo de orgulho para os que amam nosso estado.Ser líder competindo com equipes como Coritiba, Paraná e Londrina, com justiça, merece reconhecimento. Uma vida que tem história, construída com firmeza a cada passo.
Sem perdão
A notícia triste da semana foi dada pelo Paraná. Vai leiloar uma fatia do patrimônio e da história do clube. A fusão do Clube Atlético Ferroviário com Britânia e Palestra Itália resultou no Colorado que, unindo-se ao Pinheiros, fez nascer o Paraná.
A incapacidade, a má-fé, a imprudência e o desamor à história estão destroçando as origens de um capítulo da existência paranista. A atual diretoria é compelida a apelar à drástica decisão de vender o terreno que foi do Palestra como vendera a herança do Britânia, esta depois de tantos anos ainda não explicada.
Qual o legado das vendas mobiliárias? Nenhum, caros leitores. O dinheiro arrecadado agora será para pagar dívidas contraídas por predadores impiedosos.
Apenas para o empresário do jogador Thiago Neves vão ser destinados, por acordo, R$10 milhões. A dívida reconhecida pela justiça em decisão transitada em julgado alcançava a soma de R$19 milhões. A maior vergonha é a ausência de defesa do clube na ação judicial. O Paraná foi julgado à revelia o que caracteriza vergonhoso abandono da causa.
Onde estão os predadores do Tricolor? Quem tiver coragem e caráter que se apresente para, ao menos, dar explicações à torcida. Os exterminadores covardes que fiquem em silêncio, refúgio dos réus confessos.
O gesto extremo da atual diretoria é o caminho que sobra para tentar arrumar a saúde financeira do clube.
Homens como Orestes Thá e Hipólito Arzua, personalidades referenciais das origens do Paraná, devem estar se revolvendo nas urnas que sepultaram seus corpos.
Os negligentes perversos da história tricolor estão recolhidos ao cemitério dos mortos-vivos, brincando o carnaval dos zumbis.