Líder não chora

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O Coritiba não ficou chorando as mágoas depois da derrota para o São Caetano. Identificou os erros, trabalhou duro para restabelecer a normalidade e voltou a ser o primeiro colocado da Série B. Não foi fácil derrotar o Bahia, mas deu certo. Ney Franco tem posicionado o Coritiba no ataque e contra os baianos repetiu a dose. Os gols de Marcos Aurélio e Betinho mostraram um Coritiba decidido a ganhar. Para ser campeão um time precisa ser corajoso, acreditar na vitória e partir atrás dos pontos. Existem alguns que correm atrás do prejuízo. Esquisito. Uma teoria completamente equivocada. Quem corre para encontrar o prejuízo já está derrotado. Já deu para perceber que há um equilíbrio de forças técnicas na Série B e o que consegue ser o melhor é o Coritiba. Logo, tem bala na agulha. Não deve temer nenhum adversário. Os outros é que precisam ter medo do Alviverde. Ao Cori­­ti­­­­­ba cabe não perder o respeito pelos oponentes. Um "branco" na cabeça dos jogadores foi reparado muito rapidamente. Qualquer análise justa há de contemplar não apenas a equipe coritibana e os seus resultados. As circunstâncias em que o líder da Série B joga o campeonato são de extrema importância. Jogar fora de casa não tem sido dificuldade intransponível. É outra grande virtude do Coritiba. Nenhuma outra promoção à Primeira Divisão será tão meritória. Aplicado e determinado o Coritiba vai chegar lá.

Paraná crítico

Os dirigentes tricolores precisam tomar uma decisão. Será uma tentativa de evitar um vexame maior. Os jogadores que pensam em sair do clube empurrados pelo sonho de ganhar mais ou buscar ares mais puros devem ser intimados a revelar o que querem imediatamente. O clube não mostrou força para contornar tanta instabilidade, dentro e fora do campo de jogo. Os problemas se acumulam, uns são resolvidos, outros emergem de surpresa e não existe clima de tranqüilidade. A perda de mais três pontos faz o Paraná mergulhar na bacia das almas. A liderança teria sido um acaso? Não acredito. A instabilidade e o salto para a derrocada tem outros ingredientes: a ineficiência da diretoria, a interrupção de atividades durante a Copa do Mundo e a letargia que tomou conta do grupo.

A alegria de jogar foi engolida pela nostalgia da crise financeira.

Atlético

Outra derrota causada pela fragilidade técnica da equipe e pelos equívocos do comando técnico. A torcida se pergunta até quando vai sofrer com tantas decepções. Felipão conseguiu sua primeira vitória depois de voltar ao Palmeiras. E quando Guerron fará um bom jogo?

Vozes do Paraná

O terceiro volume será lançado amanhã, no Crystal Shop­­ping, às 18h, com dezesseis biografias escritas pelo jornalista Aroldo Murá, formador de revelações da mídia paranaense.