Quem sabe o que penso sobre a Copa do Mundo no Brasil e a descabida intromissão da Fifa nos assuntos internos do país entenderá com clareza o que escrevo. As atitudes de Blatter e seus comparsas causam a repulsa do colunista. Somos um país livre que se esforça para ser democrático.
Nem sempre, é verdade, sério como gostaríamos. Brasileiro que tem vergonha na cara e se indigna com as incursões da Fifa sobre a soberania que defendemos, não pode silenciar diante das licenciosidades dos donos do maior evento do futebol mundial. Quase todos ficam quietos, cruzam os braços e admitem com resignação os desaforos e as provocações que partem da Suíça para o mundo tendo o Brasil como destino final.
Não cultuamos amor à pátria que juramos defender? Pelos indicativos, não! A última agressão da Fifa, pronunciada pelo seu secretário-executivo, foi um desaforo à honra do nosso povo.
Disse o Sr. Valcke que os brasileiros "precisam de um pontapé no traseiro".
Como nunca silenciei diante dos gestos arbitrários e grosseiros dos mercantilistas do futebol, quero dizer que o ministro Aldo Rebelo finalmente soltou a voz para defender o Brasil.
O ministro não aceita mais o vassalo de Blatter como interlocutor da Fifa. Finalmente uma atitude de macho partindo do governo. Lula quis a Copa. Só resta ao país honrar o compromisso solene assumido pelo ex-presidente. A administração pública é impessoal.
Estou esperando os desdobramentos da palavra de Rebelo. Macho não se consagra pela palavra verbalizada. Quero ver os gestos concretos.
Atlético e Coritiba vencem
Mas o líder do segundo turno é o Londrina, pelos critérios regulamentares do campeonato. O jogo de ontem do Coritiba foi irritante pela baixa qualidade do time. Jogou mal. Contou com a ajuda do juiz. Não foram marcados dois pênaltis, cometidos por Émerson (desvio da bola com o braço) e falta de Pereira dentro da área. Por coincidência os dois artilheiros alviverdes na vitória sobre o Jotinha como identifico carinhosamente o clube do charmoso Parque Barigui.
O Atlético passeou no sábado. Devolveu ao público o futebol de Paulo Baier e Guerrón, ambos afastados por diferentes razões.
O maestro do jogo foi Harrison, no futebol e no caráter. Sem egoísmo serviu Marcinho para marcar o gol de reencontro amistoso com a torcida atleticana. Gostei do futebol alegre, descontraído e mais uma vez ofensivo do time orientado Juan Carrasco.
Esperar pelo Paraná
É o que resta para os que querem sentir os resultados do trabalho de Ricardinho, com as dificuldades impostas pela situação do Tricolor. O Luverdense é o adversário.
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