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Paraná Clube e Atlético fizeram um jogo igual?

Não. O Tricolor fez muito mais que o Rubro-Negro, atacou bastante, perdeu várias oportunidades de gol, colocou bola na trave (em dois lances bonitos) e não ganhou o clássico, apesar de ter praticado um futebol vistoso. O Atlético foi decepcionante e esteve bem abaixo do adversário.

Então o empate foi injusto? Não, no futebol o que vale é bola na rede. Explico. O Paraná poderia ter liquidado o jogo ainda no primeiro tempo. Errou nas finalizações e só fez dois gols. O Atlético marcou apenas uma vez e perdeu o zagueiro Danilo aos trinta e seis minutos quando o clássico estava empatado. O zagueiro foi expulso depois de cometer uma falta violenta, maldosa e desnecessária em Serginho. Héber Roberto Lopes foi sumário e competente, mostrou o cartão vermelho para o atleticano, provando que não se intimidou com a descabida pressão exercida durante a semana pela diretoria do Atlético.

Héber desmontou a tese de que apita contra o time da Baixada. Injustiçado pelos presunçosos, mostrou que os seus acusadores são falíveis e precipitados, quem sabe, maldosos extremados. Antônio Lopes trabalhou bem. Foi feliz ao mexer na equipe para suprir o vazio deixado por Danilo. Sacou o lateral Michel, escalou João Leonardo e deslocou Edno. Não mudou o ataque e nem desfigurou a marcação. Foi ajudado pela sorte com o gol de Alan Bahia. Rara finalização, chute de qualidade (o único do segundo tempo contra o goleiro Flávio).

Pela segunda vez o Paraná não soube segurar o resultado favorável. Contra o Náutico faltaram cautela e capacidade defensiva. No clássico pecou pelo desperdício ofensivo. Nos dois casos, por razões diferentes, o resultado foi cruel. Josiel foi o artilheiro do jogo e o mais persistente atacante do clássico. Disparado o melhor de todos. Colocação correta na área, movimentação constante. Com simplicidade faz o certo, sem rococós desnecessários. O Paraná fez uma grande partida e o Atlético foi guerreiro e obstinado. Em clássico tudo pode acontecer, diz a sabedoria popular. Grandíssima verdade.

Eleição na FPF

Com uma suspensão que na prática equivale a deposição do ex- presidente da Federação Paranaense de Futebol é preciso agilizar o processo sucessório. Pergunta-me um leitor qual é o meu candidato. Não tenho preferência pessoal. Mas faço questão que seja alguém acima de qualquer suspeita. Pessoa que tenha compromisso com a ruptura, com o distanciamento do atual grupo encastelado na FPF. Alguém que institua uma nova ordem moral, a começar pela limitação do tempo de mandato. Nós todos merecemos.

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