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O horário não é o convencional para a realização de um clássico, po­­de causar alguns transtornos aos torcedores, mas não deve influir na qualidade técnica do jogo.

O Coritiba já entra em campo com vantagem substancial so­­bre o adversário. Além de jogar todas as partidas desta fase decisiva em casa, o que só acontece neste futebol paranaense de muitos dirigentes despreparados, encastelados na Federação Paranaense de Futebol e em vá­­rios clubes, o Alviverde sai com uma vantagem de dois pontos em cima do Tricolor.

O supermando e os pontos de vantagem foram adquiridos por méritos do Coritiba no campo de jogo, como aconteceu no último campeonato com o Atlético. Com uma vitória no clássico desta noite no Couto Pereira, os coritibanos abrirão uma vantagem de cinco pontos sobre o Pa­­raná. Aos paranistas, para evitar tamanho distanciamento, a vitória é essencial. Não sendo feliz e perdendo o jogo, para des­­manchar tamanha diferença não é tarefa fácil. Com este raciocínio, resta ao Tricolor ga­­nhar.

O futebol de cada um

Seguindo a lógica dos resultados obtidos até agora, claro, o Cori­­tiba, teoricamente, entra em campo com maior confiança do que o adversário. Joga respaldado pela estatística da primeira fase. Como o futebol não é ciência exata, pesa na análise a vitória do Paraná contra o mesmo Coritiba no jogo realizado em Paranaguá.

Importante dizer que foi a única derrota do campeão da etapa de classificação deste campeonato. Com este dado concreto é razoável admitir que não existe favoritismo. Justo acrescentar o crescimento do Paraná. Está há dez jogos sem perder e só não conseguiu melhor classificação porque o começo foi ruim e fatores extracampo desviaram a atenção dos jogadores.

Dispensável reviver as atribuladas relações entre diretores e profissionais do grupo de futebol. As razões expostas levam o colunista à seguinte conclusão: é jogo para mexer com o sentimento dos torcedores. Não será um clássico com casa cheia. As duas torcidas estão abaladas. A do Coritiba pelos fatos que sacudiram recentemente suas estruturas. A ruptura foi muito grave e como diz o diretor Vilson Ribeiro de An­­drade, agora, é juntar as sobras e fazer vida nova. Os paranistas, desanimados, precisam de muito afago. Movidos por vitórias e ad­­ministração competente, todos estão à espera de paz interior e resultados para consumo público.

Somente Coritiba, Atlético e Paraná podem causar emoções, mesmo que esbarrando, sempre, na falta de mínima capacidade dos dirigentes da Federa­­ção, que a cada dia revela traços de extremo despreparo para a missão de organizar, executar e motivar os concorrentes e o público em geral.

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