Os jogos do Brasil contra Portugal e Itália são indicativos de que outra vez estamos em alta. Os inimigos do Dunga continuarão achando-o um treinador fraco. Também foi assim com o bonachão Vicente Feola, ganhador do título de l958. Vencedor por excelência, o discutido Zagalo também cultivou críticos mortais. A vida é assim mesmo. Difícil satisfazer a todos, especialmente aqueles que sistematizam a conduta perniciosa de criticar e não reconhecer, jamais, os méritos do alvo predileto. E o leitor sabe que sou crítico e não me dobro diante de ameaças e grosserias. Sou afortunado – sem hipocrisia – porque sei enaltecer os méritos e separá-los dos defeitos de quem é premiado com uma análise jornalística.

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O Dunga é um iniciante na vida de técnico. Para equilibrar tem uma vasta experiência de jogador consagrado, ao seu estilo.

Uma pergunta para explicitar e enquadrar melhor a análise. Felipão, Luxemburgo, Muricy foram craques como Pelé, Garrincha, Zico e outros tantos jogadores consagrados?

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O Dunga foi uma aposta ousada da CBF, exatamente em cima do estilo Dunga de ser como pessoa e jogador. Está, como todos, exposto a críticas. E está dando a volta por cima, pelo retrospecto no selecionado nacional.

Nenhum treinador vai ensinar ao jogador qualificado os fundamentos técnicos do futebol. Precisará, sim, riscar o figurino tático da equipe, distribuir funções e convocar os melhores jogadores. Treinador de seleção não trabalha com medíocres. Sua tarefa é sempre trabalhar com bom senso e determinação. Dunga não operou milagres, está seguindo a cartilha dos que já venceram e não se libertaram das críticas, mesmo depois de mortos.

A seleção brasileira está recuperando o prestigio abalado. A vitória contra a Itália – com direito ao show do primeiro tempo – é a expressão legítima da verdade. Jogadores de seleção não precisam de professor e sim de um líder, o que o Dunga sempre foi e é, sem concessão à dúvida.

Não ao ódio

Os novos dirigentes do Atlético estão mudando a imagem do clube. Dispensável relembrar os prejuízos causados pela forma ditatorial como o Rubro-Negro foi dirigido até o ano passado. A boa educação, o respeito ao próximo, o diálogo, a humildade, a tolerância são qualidades que timbram a autoridade de alto nível. Impossível conviver com autoritários que fazem dos instintos ditatoriais o padrão de gestão administrativa e política.

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Com paz e amor o Atlético volta a ser um clube admirado, reforçando a grandeza de sua história. Ao trazer de volta atleticanos competentes – que foram execrados antes –, o atual comando do Atlético dá uma formidável lição aos que macularam o conceito do clube da Baixada, pela prática da arrogância, da prepotência e da mesquinhez.