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É o último dia do ano que feriu corações, arrasou o otimismo e fez dos torcedores de futebol verdadeiras vítimas das surpresas e das contradições da vida. Um ano de muitas decepções e de acachapantes tristezas.

2009 só não foi mais angustiante porque o Atlético conquistou vitórias na administração do clube com a mudança da diretoria. O Rubro-Negro passou do autoritarismo da administração anterior para uma saudável liberdade. Os novos mentores são pessoas com boa educação e sabem contornar as divergências naturais e próprias dos regimes democráticos. O Atlético trocou a arrogância pela cordialidade, a grosseria pelo fino trato e libertou-se das garras dos que estupidamente instalaram um clima de terror nas relações com jogadores, jornalistas, sócios, conselheiros e torcedores das arquibancadas.

Sem entrar no relacionamento com a imprensa, cuja história os leitores conhecem muito bem, em uma reunião do Conse­­lho Deliberativo, Petraglia ex­­pulsou um membro do órgão e determinou sua imediata retirada com a ajuda, quase sempre brutalizada, dos seguranças contratados pelo déspota da Baixada. Petraglia foi embora e pensou que continuaria mandando. Errou o alvo e foi esquecido pelo cavalheiro Marcos Malucelli e seus companheiros do mesmo nível. Uma transformação vital na existência recente do Clube Atlético Paranaense.

No futebol, o time dirigido por Antonio Lopes lutou para escapar do rebaixamento. Não brilhou, mas, safou-se da degola tão humilhante. O Atlético salvou do abismo total o futebol paranaense.

Coritiba faz chorar

O centenário alviverde viveu um ano para ser esquecido. A comemoração de cem anos de vida deve ser alegre, festiva, vitoriosa. A face de cada um deve ser molhada pelas lágrimas da felicidade. Ao contrário, jovens, senhores, senhoras, crianças choraram as lágrimas mais tristes que se conhece na história do decano dos clubes paranaenses. O abatimento ocupou o lugar da euforia. O silêncio tumular substituiu o sentimento verbalizado por vozes apaixonadas que em vários jogos fizeram estremecer o Estádio Couto Pereira. 2009 foi o ano mais trágico e injusto para um clube do porte do Coritiba.

Paraná sem alegria

O grande objetivo do Tricolor sempre foi voltar à Primeira Divisão do futebol brasileiro. Não conseguiu. Teimosamente e despreparado para caminhar pelas curvas inesperadas da es­­trada caprichosa do futebol, o Paraná conseguiu, tão somente, evitar o risco que foi iminente de cair para a Série C. Acaba o ano prometendo uma revolução sem derramamento de sangue, guiada pela competência na gestão do futebol.

2010, amanhã

Que o ano-novo embale nossas vidas com amor, paz e saúde.

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