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A derrota que o Coritiba sofreu no sábado foi humilhante. Até olé o fraco time do Engenheiro Beltrão aplicou no centenário time do Alto da Glória. Foi uma continuidade do futebol fraco apresentado contra o desconhecido Holanda em Manaus, pela Copa do Brasil.

Ivo Wortmann ainda não tem clara definição sobre esquema de jogo e titulares absolutos. Uma equipe que conta com dois laterais limitados, como Márcio Gabriel e Vicente, não pode jogar com três zagueiros. No segundo tempo, Ivo agiu bem ao formar uma linha de quatro defensores e liberar Rodrigo Mancha para se incorporar ao meio-de-campo. Tirou Hugo – que não está jogando nem o suficiente – e colocou Róger. Marcos Aurélio deu lugar a Dinélson e Leandro Donizeti saiu lesionado, com a volta ao time titular de Pedro Ken.

Melhorou um pouco o Coritiba, mas não o necessário para fazer ao menos um gol. Foi goleado e deixa ao torcedor a certeza de que é preciso agir rápido para evitar um desastre no ano do centenário.

Mantenho a mesma opinião que revelei nesta coluna quando ainda se discutia a transferência de Keirrison para o Palmeiras. Manter o K9 para o Campeonato Paranaense seria mais importante do que receber alguns trocados do time paulista. O Coritiba está pagando muito mais do que recebeu pelo seu artilheiro. Um preço alto demais para quem quer oferecer uma alegria insólita aos torcedores nas comemorações dos 100 anos de vida.

Amargurada com o mau desempenho do time, as arquibancadas pedem a saída do treinador. Não acredito que seja a solução. As debilidades do Coritiba estão no elenco. Amanhã, outro teste, agora contra o Toledo. Só uma vitória devolve a paz ao Alviverde.

O desterro de Petraglia

O ex-poderoso do Atlético deu um tiro no pé. Fez de tudo para evitar a vitória da dupla Fanaya e Faria. Achou que com aliados no comando do clube continuaria reinando do mesmo jeitinho que fazia quando Fleury era presidente.

Suas previsões esbarraram na personalidade e na determinação dos novos dirigentes. Em pouco tempo da nova gestão a imagem do Atlético mudou. Os atos ditatoriais foram substituídos por gestos de boa educação e respeito aos princípios democráticos. A liberdade de expressão, consagrada na Constituição do Brasil, voltou a ser respeitada e isso deixou Petraglia irado, acostumado que está a tentar calar a boca de quem tem opinião própria e rejeita o abominável papel de puxa-saco do chefe.

Ao bater de frente com a atual diretoria, Petraglia perdeu a prerrogativa de vender jogadores para o mercado internacional, negócio que sempre seduziu as suas ambições.

Quem acompanhará MCP na oposição? Com certeza não serão Faria e Fanaya, que perderam a eleição fazendo oposição cerrada exatamente a Petraglia, a razão de o Atlético ter oposição na última eleição.

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