O futuro

Com o começar de um novo ano precisamos mirar nosso olhar no infinito e alcançar o que for possível. O passado é uma lição permanente. Não deve abater nossa disposição em busca de novas conquistas. Não vivemos o passado, mas, do passado extraímos exemplos límpidos e iluminados. Assim fazemos a eternidade. Lembro das lições acadêmicas da histórica Universidade Federal do Paraná. Os estudantes de Direito, mais do que os jovens de outros cursos eram dados a estudar, ler e aprender mais do que estava prescrito pelos programas curriculares.

No limiar de outro ano penso muito no futuro e recolho do notável Victor Hugo uma lição de vida: "O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inalcançável. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes é a oportunidade."

O valente pensa grande e se empenha para vencer os desafios mais doloridos. Ao contrário dos fracos e temerosos, os valentes não se abatem com as primeiras dificuldades. São bravos. Não fogem à luta e não se entregam ao comodismo dos braços cruzados. Este é o futuro que precisamos escrever com as ações inspiradas pela coragem de superar obstáculos. A oportunidade não é o acaso da vida. Surge pela forma como nos comportamos diante da realidade, por mais cáustica que seja.

Traçar os nossos caminhos exige valentia, representada pela inteligência, pela sabedoria e pela obstinação de subir os degraus da escada da vida, um a um, cristalizando sempre mais o caráter que forjamos com a de­­terminação dos que estão prontos a superar os atropelos circunstanciais.

Que 2011 seja o ano dos valentes. Dos que não se amedrontam com as adversidades. Dos que são capazes de superar as próprias deficiências e alcançar a glória das vitórias atingidas pela determinação indomável que só os valentes – logo vencedores – têm.

É um ciclo de vida desenhado assim que o Brasil precisa. Valen­­tia para combater a incompetência, a corrupção, a desonestidade de todos os matizes. Buscar a felicidade para todos e não a sua própria felicidade esquecendo dos semelhantes. Valentia para resistir à tentação do roubo, da delinquência e do medo de ser um combatente permanente das benesses que o poder proporciona.

Que este ano seja dos políticos limpos, dos desportistas que visam à vitória com ética e respeito, dos jovens que cultivam os bons costumes e abominem os que não souberam e não aprenderam a atingir os horizontes mais bonitos da vida com pureza espiritual, mente e mãos limpas.

É o ano que desejo aos meus leitores e aos paranaenses que buscam o cume dos ideais mais elevados.

Que a paz seja a bússola dos poderosos e a felicidade o destino do povo mais sofrido.