No tempo do futebol romântico era muito comum jogador assinar contrato com o clube "em branco". Explico: a confiança recíproca entre as partes permitia que os valores financeiros não fossem substanciais para a formalização de compromisso. Não pense que isso acontecia com jogadores sem qualidade, ou pouco valorizados. Ao contrário, vários ídolos do futebol paranaense e clubes tradicionais adotavam a política do recíproco grau de confiança e respeito.
Nos dias atuais o futebol se transformou na indústria de máquinas humanas, com muitos excessos. No desespero assombroso de ganhar títulos e evitar rebaixamento de categoria, clubes se curvam aos caprichos de jogadores e seus insaciáveis procuradores. Cifras que um pesquisador científico para eliminar o câncer e outras doenças mortais nunca imaginaram ganhar. Observe que não falo nos salários aviltados de professores universitários com mestrado e doutorado e outras categorias profissionais. Os treinadores considerados de ponta ganham fortunas. Não marcam gol, não defendem pênalti, não fazem passes longos e precisos. Além da fortuna que recebem vários deles são arrogantes e grosseiros.
A solução
Grandes investidores publicitários nos clubes e na televisão. O futebol se transformou no programa de maior audiência televisiva. Audiência que ultrapassa as fronteiras do país de origem e se difunde pelo mundo. Os patrocinadores são multinacionais, enriquecem e também às poderosas emissoras de televisão.
Aos clubes resta a alternativa de verbas menores para patrocínios nas camisas. Ainda assim, com muita dificuldade.
A alternativa mais correta que os clubes devem adotar é a agressiva ampliação dos quadros associativos.
O Barcelona não vende um centímetro de propaganda nas camisas. Mas, sustenta seus ambiciosos projetos com receita volumosa do quadro social e venda de produtos com a marca do clube. Um exemplo para o mundo.
No Brasil
Clubes como o Flamengo e Corinthians não possuem estádios. Devedores de grandes somas financeiras, não sabem dispor do magnífico potencial humano. Falta de organização, ausência de administração competente e empreendedorismo.
Em Curitiba o Atlético deu o grande exemplo e passou léguas à frente do Coritiba e do Paraná Clube. Mesmo que tardiamente alviverdes e tricolores tentam reagir estabelecendo uma nova política societária. Tomara que os eventuais lucros sejam destinados aos clubes e não a terceiros aproveitadores.
Morreu um craque
Perdemos uma figura notável do futebol do Paraná. Morreu Alceu Zauer, citado pelo colunista, há poucos dias, como uma das figuras maravilhosas do futebol clássico, eficiente e verdadeiramente artístico. Limpo, ético e de fino trato, Alceu Zauer brilhou no Clube Atlético Ferroviário e na Seleção Paranaense. Minha saudade do futebol de Alceu aumentava cada vez que o via caminhando pelas ruas do Batel, exercitando o corpo de craque e a alma de verdadeiro cidadão.
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