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Depois de outra derrota do Paraná Clube encontro dificuldade para adicionar novos argumentos aos que já usei tantas vezes para definir o fracasso do Tricolor. As últimas contratações pareceram boas, ao menos, mais qualificadas que as anteriores, abundantes em número e minúsculas em qualidade. Precipitadamente, alguns jogadores foram endeusados e considerados de grande qualidade. Pego como exemplo o jogo contra o Bahia e sou levado a concluir que houve julgamentos apressados, inclusive de minha parte. Os gols perdidos e os tomados mostraram ausência de qualidade para definir o resultado do jogo. E mais, fossem realmente muito bons não estariam disputando a Série B, por maior que seja o respeito que dedico ao Paraná. Existem jogadores que não estão prontos para elogios generosos. A cabeça estufa e não sobra lugar para funcionar o pedaço do cérebro que estimula a autocrítica. Não adianta dizer que o corpulento Adriano , com o seu tamanho, segura os zagueiros na defesa, que o Rafinha é bom tecnicamente e que o Davi arma bem as jogadas. Os três somados perdem um caminhão de gols em uma partida. Su­­cessivamente, um atrás do outro. Exaltar Gabriel, como já fiz, não resolve nada do ponto de vista prático se a zaga é tão frágil ao aceitar gols feitos sem dificuldades. A conclusão continua a mesma: o time do Paraná é instável e tristemente fraco.

Quem pensava em subir à Série A volta a se preocupar em ficar na Segundona. Sofrido destino para quem alimenta sonhos que se desmancham com um leve ataque de insônia.

Violência exacerbada

Depois de mais um insucesso no Campeonato Brasileiro, o vestiário da Portuguesa de Desportos foi invadido por dois conselheiros já identificados. Ambos estavam escoltados por seguranças portando arma de fogo. Re­­vol­tados, os torcedores (?) manifestaram sua indignação pela campanha decadente da Lusa na Série B. René Simões durou poucos dias e já abandonou a caravela rubro-verde no dia de on­­tem. Um importante detalhe: diante da gravíssima invasão do vestiário por fanáticos doentes e seguranças armados, a violência no futebol do Brasil ganha um contorno da maior gravidade. Do jeito que evolui tamanha agressividade – e da forma como cresce – o perigo ronda a in­­­tegridade física de jogadores, técnicos e dirigentes. Os fracassos técnicos geram uma caça constante aos culpados, às ve­­zes, identificados erradamente. Sou e sempre fui contrário à violência física. É uma estupidez que o ser humano – tido como racional por natureza – deve abolir definitivamente. Não é o que acontece, ao contrário, agiganta-se cada vez mais e rouba dos cidadãos a tranquilidade e o gosto de viver.

Antes de reclamarmos da polícia, devemos clamar por melhor educação e condições so­­ciais condizentes com a im­­portância da humanidade.

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