A ausência de linearidade, nos resultados e na qualidade, continua a ser um grande pesadelo para os três paranaenses no Campeonato Brasileiro. Quando começamos a apostar em um deles, somos atropelados pelos resultados negativos.

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O Coritiba escapou da zona do rebaixamento com uma expressiva vitória contra o guerreiro Avaí, detentor de uma vibrante sucessão de vitórias que lhe permitiu saltar do grupo de baixo para a faixa da prosperidade. Foi um grande resultado no Alto da Glória. A regularidade do Coritiba está concentrada no talento e na eficiência de Marcelinho Paraíba. A permanência dele é fundamental para embalar a tranquilidade que o Alviverde precisa.

O resultado do Atlético, ao perder por 3 a 0 para o Náutico, ofusca a inspiração que as vitórias recentes produziram, mexendo com o otimismo da torcida. A luminosa estrela de Paulo Baier faltou no Recife e o Rubro-Negro sucumbiu clamorosamente.

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Na mesma balada de Coritiba e Atlético, o Paraná também é irregular. Contra a Ponte Preta, deu um salto rumo à esperança. Fez 1 a 0 no limiar do jogo e logo tomou três gols do adversário. Mudou o estilo de jogar e revigorou os ânimos para ser um time guerreiro no segundo tempo e arrancar um empate com a força da saga tricolor.

Ninguém tem sofrido mais nos anos recentes do que o Para­ná. Ainda assim conta com a fidelidade de alguns milhares de leais torcedores, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, como di­­zem os padres quando celebram casamentos no altar de Deus.

Nossa missão

Não é agradável para o colunista ficar apontando falhas e desacertos dos nossos três clubes. Meu sentimento é o mesmo do torcedor. Para o bom exercício do jornalismo sério, não me concedo o direito de semear ilusões, para ser agradável ao distinto público, destinatário do trabalho que realizo com a determinação de acertar. O elogio reconforta; a crítica mostra o caminho cheio de obstáculos. Como os torcedores, nós analistas também somos abatidos pelos maus resultados. O espírito crítico é imperativo, precisamos dizer a verdade, mas não pelo prazer de causar dor nos consumidores do nosso trabalho. A fidelidade e a lealdade que o torcedor tem com o clube de sua preferência, e só com ele, o colunista deve ter pela profissão escolhida e estar acima de preferências pessoais. Não é fácil ser julgador e ao mesmo tempo torcer pelo sucesso de Atlético, Coritiba e Paraná. A razão deve estar, sempre, acima dos impulsos do coração.

Férias

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Ficarei ausente por uns poucos dias, em gozo de férias. Espero voltar mais alegre e menos triste com os paranaenses do Cam­peo­nato Brasileiro.