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Mais uma vez o Coritiba foi derrotado por falta de poder ofensivo. O jogo foi dominado pelo Vitória, que marcou no início da partida e depois sustentou o resultado mesmo sem jogar um futebol vistoso. Alcançar o G4 é missão quase impossível para os paranaenses.

O Coritiba já viveu momentos agradáveis. Repetiu ontem as mesmas deficiências conhecidas. No gol do Vitória, faltou atenção dos zagueiros depois da importante defesa de Vanderlei. O meio-de-campo outra vez não produziu o necessário e o ataque ficou limitado ao esforço de Keirrison.

Sobe e desce

A situação do Atlético e do Paraná Clube tem algumas semelhanças. O traço principal de identidade entre os dois clubes é a péssima gestão política do futebol profissional. Contratações apressadas e sem qualidade, expectativas otimistas no início das competições e agora uma luta titânica para que as coisas fiquem nos atuais patamares.

O sobe-e-desce da zona do rebaixamento chega a ser torturante para o torcedor, a eterna vítima da incompetência dos dirigentes. Quando o barco afundou, o Paraná "deu" uma folga ao vice-presidente de futebol "que não apita mais nada". É o que dizem. O Atlético fez o mesmo. Será verdade? O futebol é administrado, oficialmente, pelo diretor jurídico do Rubro-Negro. Mas quem fala pelo clube é ainda o presidente do Conselho Deliberativo.

Perdeu uma oportunidade de ficar calado. Beligerante, não teve alcance emocional para entender o movimento recentíssimo de paz e harmonia de tradicionais atleticanos. Ofendeu o presidente Marcus Coelho, campeão brasileiro de 2001, chamando-o de Rainha da Inglaterra; colocou em dúvida a dedicação de Valmor Zimermann; bateu no deputado Nelson Justus (figura central de mobilização política do Atlético para sediar jogos da Copa do Mundo) e nos que saíram recentemente, todos assalariados e subordinados diretamente ao sr. Petraglia.

Entre o Tricolor e o Rubro-Negro há uma diferença fundamental. O primeiro está com os cofres vazios e depende da ajuda de colaboradores. O Atlético tem sobra de caixa e errou ao não investir no futebol.

O exemplo mais contundente de gerenciamento desastroso está nas extravagâncias que o Atlético fez na direção técnica. Usou mal o dinheiro do clube com contratações caras e sem resultados. Ney Franco foi exceção, mas não escapou da guilhotina.

Sábia, a torcida pediu com insistência a volta de Geninho, e o que fez a direção do time da Baixada? Demorou seis anos para resgatar o trabalho do amado treinador, dar um afago caloroso na torcida e ganhar em qualidade no trabalho do seu comando técnico. Geninho só foi lembrado quando o afogamento na bacia de águas turvas, sem cerimônia, invadiu a Arena construída para colecionar vitórias e que, paradoxalmente, se transforma em triste cenário de maus resultados.

Paraná e Bahia

É amanhã à noite na Vila Capanema. Jogo para se livrar do rebaixamento, mais uma vez.

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