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Como sempre, democraticamente, a Gazeta do Povo entrevistou ontem José Henrique de Faria e ouve hoje Marcos Malucelli, candidatos às eleições do Atlético, sem qualquer tipo de restrição. A principal tarefa dos oposicionistas será criar um projeto sério para o futebol atleticano que resulte em grandes vitórias e títulos, se possível. Faria não se conforma com o fato de o Atlético ter um Centro de Treinamento de primeira e não revelar jogadores para a equipe principal, que vive de contratações de efeito duvidoso e outras de fracasso total. São 72 jogadores contratados e o Atlético não consegue formar um time de qualidade. Os jovens preparados no CT são negociados com clubes do exterior – deixando o Furacão em último plano –. o que soa muito estranho para José Henrique de Faria, que não tem explicação lógica para tamanho desinteresse. Ao responder uma pergunta sobre os motivos dessa política, no mínimo estranha, o entrevistado não hesitou e disse com todas as letras que se for o caso o Ministério Público será acionado para fazer investigações. Para tornar a situação mais clara, Faria desafiou Mário Celso Petraglia para um debate público e discutir o Atlético com profundidade. Uma ótima idéia, penso eu. Estabelecer o contraditório é saudável e ajuda a esclarecer os eleitores. Particularmente acredito que quanto mais elementos de convicção o eleitor tiver, maior consciência para votar terá.

Relações com a imprensa

Perguntei ao candidato da oposição atleticana como será o relacionamento com jornalistas, considerando que a atual diretoria tem uma relação conflituosa com os profissionais da comunicação. Já houve proibição para o credenciamento de cronistas que deveriam exercer suas funções na Arena ou no CT, a Rádio Transamérica foi impedida de trabalhar no Baixada e hoje transmite de lá por decisão judicial e em condições precárias (a diretoria do Atlético sabota a emissora tirando-lhe a cabine adequada para as transmissões de rádio), e até o comentarista Valmir Gomes foi expulso da Arena sob a escolta de seguranças do clube.

José Henrique de Faria foi taxativo: "sou democrata e cumpridor dos mandamentos constitucionais e o Atlético – com a nossa vitória – não passará mais pelo vexame de ser ditatorial, por isso vamos restabelecer a convivência democrática e fraterna com os formadores de opinião".

Sobre o estádio

Perguntado sobre a conclusão da Arena, José Henrique de Faria esclareceu que serão necessários mais R$ 40 milhões para que as obras sejam terminadas. Também disse que o Atlético não tem patrocínio para as camisas e está deficitário. Revelou que tem como provar que o "furo" é de R$ 15 milhões.

Ao colunista, deixou a impressão clara e definitiva que a prioridade do Atlético na visão oposicionista será o futebol feito com honestidade e que o Atlético não será um meio para encher os bolsos de ninguém.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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