As eleições do Atlético serão realizadas sob um clima de disputa de métodos de trabalho. De um lado uma figura nova e respeitada pela colaboração ao clube e conduta pessoal e profissional em defesa das leis e do respeito às pessoas. Na outra ponta um ex-presidente marcado por atitudes controvertidas. Centralizador, fez dos seus pares subordinados sem glória. Para alcançar seus objetivos, esmagou as vozes discordantes.

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Pensou que poderia fazer o mesmo com instituições e pessoas que não lhe deviam qualquer tipo de subalternidade. Ameaçou de morte(!) dois jornalistas. Mandou retirar da Arena outro, que comentava um jogo do Rubro-Negro. Impediu que jornalistas tivessem acesso ao estádio, cerceando o direito ao exercício profissional. Entrar no Centro de Treinamento do Caju, nem pensar.

Proibiu a Rádio Transamérica de fazer transmissões no Joa­quim Américo. Acionado judicialmente, foi derrotado e condenado a pagar R$ 400 mil por evento não irradiado.

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Quando deixou a gestão do clube, com medo do rebaixamento, assumiu Marcos Malucelli, salvador da situação crítica do futebol e o presidente que restabeleceu a ordem, respeitando integralmente a li­­berdade de trabalho e de expressão. Uma exemplar lição de convivência social e profissional dentro dos preceitos legais. Mesmo nos momentos mais críticos deste ano que está se exaurindo, o atual presidente fez da correção moral um atributo comum aos homens de bem.

Ser honesto não é virtude, é dever inerente à cidadania.

Malucelli cometeu equívocos, mas jamais abandonou a ética para satisfazer qualquer tipo de egoísmo e expulsar companheiros e profissionais do jornalismo responsáveis pela informação dos acontecimentos ocorridos dentro do clube.

Não manifesto preferência por um dos candidatos. Cultor da independência para relatar a verdade, analiso os fatos com imparcialidade e amor ao trabalho, também em de­­fesa dos meus companheiros atingidos pela truculência dos que pensam poder reinar sem o perfil de rei.

Post scriptum

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Recebo do leitor José Álvaro da Silva Carneiro, diretor corporativo da Associação de Proteção à Infância, Doutor Raul Carneiro, magnífica mensagem sobre a coluna que escrevi sob o título "Pérola de Ronaldo".

Foi minha resposta à frase brutalizada do ex-jogador quando empossado no Comitê Or­­ganizador da Copa de 2014: "Ninguém faz Copa do Mundo com hospital."

A posição do ilustre leitor é em defesa do trabalho humano e científico que faz o Hospital Pequeno Príncipe a maior unidade exclusivamente pediátrica do Brasil, há 92 anos. E prega José Álvaro: "O futebol poderia inocular a reponsabilidade social na família brasileira."

A desastrada frase de Ronaldo foi dita para defender o abusivo gasto do dinheiro público nos estádios de futebol do país.

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