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"Já ganhamos e a Copa do Mundo é nossa". Foi o que mais se ouviu nos últimos dias em Curitiba, diante da prometida divulgação pela Fifa das cidades que abrigarão no Brasil a Copa de 2014. Ontem, um balde de água fria na cabeça dos otimistas precipitados.

A Fifa adiou para o final de maio a divulgação das cidades brasileiras escolhidas. O erro cometido aqui foi admitir como certa a escolha de Curitiba. Declarações apressadas de políticos querendo faturar os frutos da escolha acabaram por despertar a atenção de outros envolvidos no mesmo projeto de outros estados brasileiros.

Em questões como esta é sempre importante ter cautela e não escancarar sentimentos que podem ser frustrados. Uma lição que aprendi no exercício político. O jogo nunca deve ser aberto por inteiro antes das coisas concretas. Como tenho motivos para ser contra a Copa do Mundo no Brasil – por motivos sociais, financeiros e de natureza moral – não fui tocado pela decepção do adiamento do anúncio das cidades escolhidas. A decisão da Fifa optando pelo adiamento da decisão revela que há, ainda, muitas dúvidas sobre quem terá jogos do Mundial. Penso que até se a Copa será mesmo por aqui, pela gravidade da crise que abala a economia mundial.

Se a Copa for aqui, Curitiba merece ser escolhida, julgo eu.

Um exemplo ambiental

Em l954 jogando no Estádio Wankdorf, em Berna, o Brasil foi derrotado pela extraordinária seleção da Hungria, com Ferenc Puskas à frente. Não faz muito tempo – cinco anos talvez –, o velho estádio foi colocado abaixo e construído um novo que leva o nome do país. Conversando ontem com o amigo João Pedro Corrêa – que acumula vasta experiência internacional –, tomei conhecimento de uma curiosidade que mostra a preocupação dos europeus com o meio ambiente. O novo estádio é totalmente coberto por cinco mil painéis de captação de energia solar, suprindo as necessidades do estádio e de centenas de residências no seu entorno.

Coração valente

Conversei muito nos últimos dias com o médico Costantino Costantini sobre Washington, motivo de ampla reportagem da última edição da revista Placar. É fato público que a saúde cardíaca do grande artilheiro é tratada aqui em Curitiba, motivo de orgulho para todos nós. Perguntei ao amigo Costantino se ele tinha alguma ressalva a fazer ao conteúdo da matéria. "Fico aborrecido pelo Washington, aplicadíssimo no tratamento. Passa por revisões constantes com o uso da melhor tecnologia cardiológica que existe na América do Sul e eu o trato como um filho" disse o respeitado profissional da medicina.

Morrer do coração todos nós estamos sujeitos, até mesmo sem lesões anteriores que causem susto e dor.

A resposta do grande atacante veio em seguida à publicação da reportagem: dois gols em velocidade explosiva contra o América de Cali, jogando na Colômbia. O Coração Valente só foi liberado para jogar pelo Atlético depois intenso tratamento que durou mais de meio ano. E não parou mais, depois de ser pisoteado na Turquia.

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