Pânico

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Quando o Coritiba perdeu a liderança tranquila, surgiram boatos de várias naturezas. Todos foram desmentidos categoricamente pelo G9 Alviverde (a cúpula administrativa do clube, uma espécie de colegiado). Os salários estão em dia, os direitos de imagem são pagos em carteira, logo, estritamente dentro dos preceitos legais. Não há desvios de conduta fora do campo. Angelicais, os jogadores não são pecadores.

Como argumento crível os diretores dizem que todos estão cansados. A vida do Coritiba é um turbilhão estressante. Argumento que dá para admitir. O Coritiba viaja em todas as rodadas. Distante da torcida sente falta do Estádio Couto Pereira. Todos estão obrigados a ficar longe da família. O fato novo quem traz agora é o técnico Ney Franco, dizendo que tem urubu pousando em sua cabeça. Seriam pessoas interessadas em vê-lo fora do clube. Os autores da pressão não foram identificados.

O treinador trouxe a público "que tem informantes" garantindo um complô para lhe derrubar do cargo. "O que mais tem no futebol é pinóquio e Judas", soltou o comandante coxa-branca no microfone.

Paraná

O Tricolor que estava entre o céu e o inferno antes do jogo contra o Bragantino, com a derrota, se aproximou das chamas do diabo. Um fenômeno a ser pesquisado. Como é que um time líder antes da Copa do Mundo afundou tão rapidamente. É lógico que o atraso de salários tem peso, pois gerou insatisfação no elenco, na comissão técnica e na torcida. Mais um ano perdido e muita frustração. Fica mais uma lição ao Tricolor.

Memória do futebol

Evangelino Neves e Luizito Malu­celli foram grandes amigos. Rivais no futebol, os dois torciam por clubes diferentes, Coritiba e Atlético. O sonho de Luizito era fazer os dois filhos, Luiz Neto e André torcedores do Rubro-Negro. Eis que surge na relação de amizade a contratação de jogadores do Jandaia, o mais famoso Kosileck, artilheiro que jogou ao lado de Kruger.

Evangelino queria sigilo absoluto e escolheu a casa de Malucelli para fechar o negócio. A repercussão foi tão grande que Luizito viu o filho Luiz Neto virar coxa-branca e assim viu a família dividida entre os rivais. Nada que tenha abalado a sólida amizade entre o Chinês e o amigo Luizito, este, muito "gozado" pelos atleticanos.