Uma das aspirações da diretoria e da torcida do Paraná está traduzida em realidade. A renovação do contrato do técnico Paulo Comelli é motivo de bom início de 2009. Graças ao trabalho do treinador e ao apoio liberto de vaidade do presidente Aurival Correia, o clube safou-se de uma vexatória desclassificação para a Série C. Disse e repito que os dois fatores associados destinaram um novo e vitorioso perfil para os tricolores no returno que se encerra amanhã, no jogo contra o Santo André.

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Os humanos não devem esperar que as coisas aconteçam ao acaso.

Se não interferirmos no rumo da vida estamos condenados à acomodação e ao derrotismo. Claro que nos apoiamos em forças superiores, porém, nossa contribuição pessoal é de extrema importância para a definição dos rumos que vamos seguir.

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Todas as falhas devem balizar nossa conduta. Claro, as virtudes não menos. Somos o que fazemos de certo e de errado.

Com clareza meridiana é perceptível o aprendizado do Paraná. Lamentável que tardio se considerado somente um campeonato.

Mas sobra a grande lição assimilada dos últimos três meses e mais importante, o que está sendo preparado para a integralidade no ano que vai nascer. Valeram as pancadas, derrotas, decepções. Agora é só fazer o certo, evitar com paciência, capacidade e humildade o errado e seguir em frente.

O hexa do São Paulo

Uma grande instituição é reconhecida pela organização, pela estrutura, pela competência dos dirigentes. No futebol, por uma política sensata, honesta e vitoriosa. O São Paulo tem tudo isso e muito mais. O melhor treinador do Brasil e jogadores de alto nível competitivo, dos quais os melhores são Rogério Ceni, Hernanes e o nosso zagueiro paranaense Miranda. E também estão no Tricolor do Morumbi: Borges, que jogou no Paraná, e Dagoberto, que foi desgraçadamente menosprezado por diretores do Atlético. As figuras extraclasse são mesmo Ceni, Hernanes e Muricy Ramalho, este, um profissional sério, estudioso e verdadeiro operário dos objetivos do clube paulista. Os condutores desta história maravilhosa não aparecem com freqüência em público e ganham destaque pela eficiência e pelos resultados. Há três meses o São Paulo não perde neste campeonato e está muito perto de outra façanha, ser seis vezes campeão do Brasil e conquistar o tricampeonato consecutivo. É o maior clube das Américas, exemplo a ser seguido por todos.

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A propósito, você sabe quem preside o São Paulo?

O São Paulo não tem dono e é comandado pela elite administrativa do futebol brasileiro. História de anos de trabalho que ganhou maior repercussão com as primeiras conquistas de campeonatos mundiais (l958 e l962) com o são-paulino Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira na Suécia e no Chile. É uma história contada com emoção pelos que cultivam o espírito de brasilidade que brota do íntimo dos verdadeiros viventes do respeito ao nosso país.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br