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Esta noite o Paraná Clube tem um compromisso muito mais importante do que imaginam os seus torcedores. O Náutico vem disposto a sair da zona do rebaixamento, que tem trazido tanto sofrimento e desgaste. Já esteve muito pior, em estado terminal e encontrou o caminho da recuperação, mas continua na UTI. É um time valente, às vezes exageradamente valente, punido com expulsões. Acosta é o jogador que mais me impressiona. Sangue uruguaio, explosivo, sabe jogar com categoria, porém, perde a tranqüilidade com facilidade e acaba por prejudicar o time. Está sempre na mira dos árbitros. É matreiro e violento, uma combinação perigosa nestes tempos de aflição do Campeonato Brasileiro. Os clubes ameaçados pelo rebaixamento precisam de equilíbrio emocional, mesmo diante de tantas preocupações. São problemas do Náutico. Nós estamos interessados no Paraná Clube.

Conduta amadora, tímida, fragilizada contra o São Paulo. Foi goleado e não reagiu. Nada de reação com violência. Acomodou-se com a goleada e ficou submetido ao futebol objetivo e vitorioso do São Paulo. Foi a maior decepção que o Paraná causou à sua torcida nos últimos tempos. Para esta noite as promessas caminham na direção oposta. Um time guerreiro e determinado. Nada de pensar que pela situação em que se encontra o Náutico poderá ser batido sem maiores dificuldades. Não nos esqueçamos do desastre contra o América de Natal. Último colocado, veio jogar em Curitiba e derrotou o Paraná para surpresa geral, menos para quem assistiu ao jogo e constatou a fragilidade paranista. Não será por falta de antecedentes negativos que o Tricolor será surpreendido novamente. A torcida espera um time valente para defender e atacar, com equilíbrio tático e inspiração. Os jogos de hoje e de domingo, contra o Corinthians, podem ser decisivos para as necessidades do Paraná.

Todos à Vila Capanema, com fé, amor e atitude destemida.

O Brasil no mundo

A Fifa é mais representativa que a ONU. Congrega duzentos e sete países. O Brasil tem jogadores em dezenas desses países. É um número impressionante. No ano passado perdemos novecentos e quinze jogadores para todos os continentes. Este ano já partiram novecentos e oitenta e um atletas. Muitos jovens que ainda nem alcançaram o desenvolvimento físico adulto já estão contratados por europeus, árabes, países asiáticos, países de todas as Américas e o que mais possa surgir pela frente. Segurar como? A exportação não é feita, apenas, por clubes profissionais. No universo dos amadores e peladeiros já tem gente cruzando mares e rios do mundo inteiro.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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