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Uma das deformações mais irritantes da personalidade humana é a teimosia. Ela leva os portadores do defeito à recorrência de erros até chegar a patamares insustentáveis. O pior errante é o que não se dobra à realidade e, contra tudo e contra todos, insiste em repetir equívocos até o limite fatal. O Paraná chegou ao extremo negativo de uma política equivocada, cheia de contradições. Vendeu mal e às vezes praticamente presenteou jogadores, considerada a insignificante recompensa financeira para o clube.

Contratou pior ainda. A soma de tantos e crassos erros resultou na situação aflitiva em que se encontra o Tricolor.

Finalmente, o presidente paranista assumiu o comando efetivo do futebol e passou a adotar medidas cirúrgicas necessárias. Com cautela, liberou vários jogadores inservíveis para o momento. Talvez sem tanta cautela, mas empurrado pelas circunstâncias, contratou outros jogadores e, ao que parece, as coisas melhoraram. Perdeu do Avaí, mas o time melhorou bastante. Fatores estranhos decidiram a partida, como o gol do arqueiro Martini e o pênalti inexistente que o juiz marcou contra os paranistas. Ao enfrentar o Fortaleza, tomou um grande susto ao sofrer um gol de falta quase do grande círculo.

Tomou consciência e reagiu com competência, vencendo por 3 a 1.

Os indicativos são de melhora técnica e de uma equipe mais madura.

Por essas razões, o presidente do clube, em especial, adquiriu um crédito de confiança e de apoio da torcida angustiada e revoltada com tantas derrotas no curso deste campeonato.

A reconquista da torcida demora um pouco mais. Ninguém gosta de ser açoitado. A reação pode ser o refúgio doméstico e evitar a exposição pública para se poupar da execração pública.

Como considero a vaia manifestação de defesa do torcedor, sugiro que o momento requer compreensão pelo esforço que está em andamento. As atuais providências são as derradeiras deste ano para evitar novo rebaixamento do Paraná. Como as coisas tendem a melhorar, um carinho da torcida poderá recuperar a estima do time e da diretoria.

Arbitragens perigosas

Como estamos engajados em busca do sucesso dos três paranaenses no Brasileiro, o nosso grau de irritabilidade com os erros das arbitragens é sempre maior e repercute mais. Ao analisar mais tranqüilamente outros jogos e suas respectivas arbitragens, a gente conclui que os erros se repetem. Há poucos dias, o São Paulo foi derrotado pelo Grêmio com um gol feito em escandaloso impedimento. Os erros são sucessivos e sugerem a mais absoluta falta de competência dos apitadores e de quem os dirige.

Pensar menos nos juízes e seus assistentes pode levar os clubes a uma maior preocupação com os seus jogadores em campo.

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