Foi um fim de semana de rara felicidade na Vila Capanema. O Atlético ingressa no G4 com uma apresentação perfeita contra o Botafogo, vencendo por 2 a 0, sem deixar dúvida sobre a superioridade demonstrada. O Paraná Clube derrota o Sport, manda no jogo e também ingressa novamente no G4.
Dois dias só de alegria no Durival Britto lotado. Festa merecida. As dependências do histórico estádio estão energizadas pela vibração alucinada de atleticanos e tricolores. É só lembrar que há 30 dias o Rubro-Negro estava em penúltimo lugar na Série A para o mais cético torcedor atribuir o justo valor a campanha maravilhosa que o time da Baixada realiza.
Não há o que discutir. No jogo de ontem, o Botafogo ficou pequeno diante do futebol de Éderson, Delatorre, Paulo Baier, Manoel e seus companheiros. Quem tinha a esperança de ver o holandês, deve estar muito feliz pelo brilho dos garotos atacantes escalados por Mancini. Velocidade, precisão, empenho foram as marcas de Éderson e Delatorre. Não lembrei do bom Marcelo. O Botafogo é conhecido como Fogão. Mas fogoso mesmo foi o Furacão. Deu gosto ver um Atlético sensacional. Tirou uma invencibilidade do glorioso time carioca, por várias rodadas na liderança do Campeonato Brasileiro.
O Botafogo jogou mal? Não. O Atlético não deixou o adversário jogar. Marcação perfeita, meio de campo inspirado e poder ofensivo em dia de brilho incomum. A torcida completou o quadro de encantamento. Uma festa para alavancar novas e emocionantes vitórias.
O Paraná Clube jogou um futebol aplicado, corajoso, para frente, sem temer o aguerrido adversário pernambucano. A vitória do Tricolor foi desenhada durante a semana com a união da torcida. Uma manifestação de solidariedade para a instituição superar dificuldades, ganhar autoestima e se preparar para novos desafios.
O golaço de Welington foi a resposta encontrada para o grande goleiro Magrão, um milagreiro especialmente no primeiro tempo. Neutralizou com suas intervenções todas as finalizações paranistas. O afago da torcida foi decisivo. Começou fora do estádio e contaminou até os mais descrentes. O entusiasmo das arquibancadas foi o prêmio para o corajoso desabafo de Dado Cavalcanti.
Para firmar os dois pés no G4, precisa ganhar mais pontos nos próximos jogos. As derrotas de Palmeiras e Chapecoense formatam um novo cenário na Série B. Se antes restavam duas vagas para a disputa, teoricamente, agora voltam a ser quatro.