"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."

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(Martin Luther King)

O pensamento do extraordinário líder negro dos Estados Unidos cabe sob medida na atual situação brasileira. Enquanto os delinqüentes de toda espécie estão tomando conta do Brasil, a grande maioria fica silenciosa. Parece uma hipnose coletiva que cala a boca dos que podem e devem reagir. Os escândalos pipocam em todas as áreas. Gente que faz da vida pública um atalho para o enriquecimento ilegal, do mesmo jeito que os trombadinhas assaltam nas ruas, claro, em escala maior e com a vantagem da proteção oficial.

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É uma realidade desoladora. Até quando o povo brasileiro vai suportar a sangria desabrida e a falta de compostura dos matadores da esperança dos que são bem intencionados?

Enquanto muito pouco é feito para combater a ilegalidade, estamos, todos, perdendo a encanto pela vida, cada vez mais recolhidos aos próprios domínios. O interesse público fica por conta dos violentos, corruptos, desonestos, sem caráter e sem ética como enuncia Luther King.

Os bons precisam quebrar o silêncio, em coro coletivo.

Exemplo torturante

Enquanto o poder público gasta uma montanha de dinheiro para sediar os Jogos Pan-Americanos os grandes assuntos nacionais são o banditismo no Rio de Janeiro (sede dos Jogos) e mais um escândalo que toma de assalto o Senado Federal.

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Felizmente temos uma imprensa investigativa que presta um serviço fantástico ao país e às instituições públicas, com coragem e independência.

E a seleção de futebol?

Até ela está se perdendo no tempo. O futebol também está seriamente contaminado. Deixa de ser um orgulho nacional para se transformar em negócio movido por máquinas de fazer dinheiro. Pouco importa o sentimento popular. O povo é tratado com desdém. Do mesmo jeitinho com que foi aconselhado pela ministra do Turismo.

Relaxar como? Gozar? Só da cara dos brasileiros massacrados pela falta de respeito e de vergonha dos governantes.

Post Scriptum

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Com este texto quero homenagear leitores e ouvintes fiéis ao que escrevo nesta Gazeta e falo na Rádio Transamérica. As manifestações que recebo estimulam minhas convicções e me dão a tranqüilidade de estar no caminho certo. Aos que discordam, o meu respeito. A democracia também é o exercício da divergência de pensamento. É a direção da boa convivência.