A primeira delas: os interessados em fazer de Curitiba uma das sedes da Copa de 2014 estão interessados em negócios, promoção do futebol do Paraná, promoção política (de caráter pessoal) ou em dar ao povo uma alegria rara?
A última formulação está sumariamente afastada. O povão nunca foi o objetivo sincero e principal dos envolvidos na disputa que está sendo objeto de um quase engalfinhamento. O pano de fundo é a honra de sediar a Copa; a motivação principal é a elaboração de um grande plano negocial. Aí surgem as oportunidades para lucros diretos e indiretos.
O futebol se transformou numa fantástica atividade econômica, gerando cifras astronômicas e enriquecendo muita gente à custa da paixão popular. Deixou de ser um ambiente para amadores e idealistas. O futebol é fonte de grandíssimo lucro, em muitos casos, de natureza pessoal, porque o clube é só uma fachada, um nome fantasia.
Idéia intrigante
Há muitos anos ouço falar que o Coritiba vai concluir o Couto Pereira. Já chegou a admitir parceria com investidores para colocar um ponto final na reta da Rua Mauá. Foi criada uma alternativa com a anuência da prefeitura de Curitiba. Alguma obra? Não, e tudo continua como antes.
Agora o presidente do clube anuncia uma parceria com a Federação Paranaense de Futebol para a construção de um estádio no conflituoso terreno onde está o Pinheirão, sumidouro de milhões de reais, com parque de diversões, espaço para comercializar automóveis, pensão de péssima qualidade e outros penduricalhos mais.
Tudo é tão banal e fantasioso que depois que o governo estadual indicou sua preferência à CBF o presidente do Coritiba se apressou e disse que o estádio que o Coritiba quer será em outro local. Ah, e tem gente que pensa que é tudo verdade.
E o governador?
Velho aliado político do desacreditado presidente da Federação Paranaense de Futebol, o governador do estado indica à CBF o Pinheirão, homenagem ao amigo e companheiro. Contradição de um pregador insistente de princípios morais e éticos. Melhor teria feito se comunicasse que, no momento, o Paraná não tem condições de sediar a Copa, por não atender os requisitos impostos pela Fifa e porque o seu mandato de governador termina em 2010, quatro anos antes do evento. Ou, primeiro colocar em funcionamento o Ginásio Almir de Almeida, no Tarumã, e depois falar em construir um novo Pinheirão para agradar o aliado, criador e vendedor de avestruz. Mesmo que...
O Atlético espera
Atingido pela jogada política dos concorrentes o Atlético espera o apoio que tanto procura para cumprir a promessa de terminar o Estádio Joaquim Américo.
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