• Carregando...

Na vida tudo tem sua época. "Não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe", ditado consagrado para definir situações opostas, contraditórias, apaixonadas e sem sentido lógico.

O Atlético já navegou por águas tranqüilas, teve um grupo de dirigentes determinados, destemidos e corajosos. Gente que se colocou a serviço do clube sem qualquer outro interesse, que não fosse tornar o Atlético maior, mais respeitado e mais vitorioso.

Muitos desses lendários rubro-negros se afastaram ou foram colocados à margem da vida atleticana. Como outros tantos, Petraglia também tem seus méritos, mas errou ao superestimar sua importância, colocando-se como um ser superior, acima de todos os mortais da consagrada vida do Atlético. Existência que não tem apenas os últimos doze anos. Não! O Clube Atlético Paranaense está perto de completar cem anos de vida. Muita gente construiu esta fantástica história. Pessoas de todos os níveis sociais. Injusto, portanto, que o Atlético se transforme, por obra do individualismo, no clube de um só. Não é correto desprezar o que fizeram os fundadores, os sucessores e o magnânimo doador do terreno onde está o Estádio Joaquim Américo. Não é uma trajetória para ser apagada através de um rasgo de vaidade exacerbada, em que uma pessoa imagina ser mais importante do que milhares de rubro-negros que deram forma e conteúdo ao Atlético de tantas gerações.

Mário Celso Petraglia está envolvido pela teia que montou para reinar sozinho. Sufocou a oposição, cercou-se de pessoas dóceis, que mesmo diante do fracasso fazem do silêncio sua forma de agir. Petraglia poderia ter um mínimo de humildade e grandeza para reformular o modelo de gestão que implantou no Atlético. Hoje, uma gestão sem modelo. Petraglia manda em tudo e em todos, sem vez e voz. Será que o Atlético e os atleticanos merecem esse calvário? Por que não refletir e buscar caminhos que devolvam ao Atlético a tranqüilidade, a concórdia, o progresso e o sentido familiar que o rubro-negro deve encarnar? O Atlético é de todos. O grande e majestoso patrimônio do Atlético é o seu universo de torcedores. De que adianta uma biblioteca sem livros? Para que serve um clube da expressão centenária do Atlético sem os seus torcedores felizes e festivos como nos tempos da mocidade de Nelson Justus, João Luiz Rego Barros e outros tantos que transformavam Curitiba num grande salão de festas pintado de vermelho e preto e cheirando pó-de-arroz? Você lembra Mário Celso Petraglia?

Então devolva o Atlético ao povo das ruas desta Curitiba que incorporou o Atlético à nossa história.

Post Scriptum

Estou feliz. Valeu a luta. O preço do ingresso caiu na Baixada. Como é bom contrariar os poderosos e ficar ao lado do povo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]