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O Poder Judiciário determinou o leilão do Pinheirão e ele foi arrematado por empresários de Curitiba. Boa notícia. Vários grupos econômicos estão saindo do Paraná, outros tantos estão sendo vendidos para multinacionais sob o domínio do capital estrangeiro. Permanecem as bases físicas, mas os lucros vão embora sem reaplicação aqui. Nossa economia está se enfraquecendo. E ainda temos que considerar o passivo judicial e financeiro que o governo estadual está alimentando generosamente. O nosso estado está perdendo substância em todos os sentidos. Esses motivos, dentre outros, é que me fazem comemorar o fato de os l25 mil metros quadrados do Pinheirão terem sido comprados por curitibanos.

A Federação Paranaense de Futebol está estrilando porque acha que a avaliação judicial foi baixa e ilegal. É bom lembrar que a avaliação feita por oficial de Justiça é legal, autorizada por alterações no Código de Processo Civil. Realizada a avaliação o juiz da causa abre um prazo de cinco dias para que as partes apresentem suas razões, especialmente, as contestatórias. Passado o prazo fixado sem manifestação das partes, o valor da avaliação não pode mais ser alterado, salvo se houver nulidades processuais. O artigo 475 J parágrafo segundo do Código de Processo Civil estabelece preferência para a primeira penhora que recair sobre o imóvel, caracterizando um ato perfeito e acabado, juridicamente correto.

Razões da Federação

O presidente da FPF, na ânsia de defender o imóvel representado pelo Pinheirão, alega que a avaliação foi baixa e que a dívida da entidade é de 30 milhões de reais. Não é um problema, no caso, que exija pronunciamento da Justiça. Ao Poder Judiciário interessam os fatos concretos constantes dos autos. Quem deve responder pela dívida é o devedor. Como a administração da Federação Paranaense de Futebol na gestão Moura foi perdulária e de triste memória, e mais, comprometida por vários escândalos morais, cabe aos seus responsáveis ou prepostos pagar o que é devido, fruto de indecorosa administração. Dívida de tributos (INSS e IPTU) não paga é roubo perpetrado contra aposentados, pensionistas e proprietários de imóveis. Dinheiro desviado criminosamente e que completa o ciclo de megalomania e irresponsabilidade.

Post Scriptum

Sempre fui contra o Pinheirão. Nasceu torto, cresceu mais torto e está morrendo literalmente quebrado. Uma obra que censurei com argumentos seguros e pertinentes. A começar pela capacidade original do estádio, l26 mil torcedores. Um absurdo que nem os argumentos contrários, corretos e sensatos foram capazes de mudar. A vaidade e a ganância financeira não permitiram que a razão vencesse a voracidade alimentada pelo mal.

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