Muitos resistem e não aceitam a avaliação feita pelo colunista sobre o atual nível técnico do futebol brasileiro. Estamos na descendente. O Campeonato Brasileiro já não é mais um espetáculo para agrupar multidões.
O Santos fez uma aventura e incluiu na negociação de Neymar a temerária partida contra o Barcelona no Camp Nou. Perdeu de 8 a 0, placar de pelada.
O São Paulo, tricampeão mundial em outros tempos, participou de um torneio na Alemanha. Amargou o último lugar. No Brasileiro está na ZR, acompanhado de clubes que tiveram seus momentos de glória, inclusive o Atlético Mineiro.
Nessa equivalência de força técnica, os clubes paranaenses não fazem feio. O Coritiba continua no G4 da Série A. Perdeu uma duradoura invencibilidade ao ser derrotado pelo Cruzeiro. O Atlético saiu da torturante área do rebaixamento. Está em plena recuperação. Depois de quatro empates jogando em casa, brindou sua torcida na bela tarde de sol de ontem com a primeira vitória em casa ao derrotar o Goiás.
Na Série B, o Paraná Clube alcançou o grande objetivo de se incluir no G4. Está na direção correta. Melhorou a gestão política, reforçou a equipe, contratou o mais premiado treinador do último Campeonato Paulista e com esse desenho consegue colher o sucesso. Continuando assim, é real candidato ao acesso.
A motivação dos clubes do estado está em alta, mesmo com a concorrência desleal dos clubes privilegiados com receitas financeiras maiores por causa da injusta distribuição feita pela televisão.
Com poucas revelações, o atual campeonato consegue brilho pela qualidade de jogadores maduros como Alex, Juninho Pernambucano, Seedorf, Paulo Baier e Ricardo Conceição, para mencionar merecidamente alguns maestros da bola.
Para reforçar minha tese é só analisar a equipe titular da seleção nacional. Majoritariamente entre titulares e reservas estão brasileiros que trabalham no exterior. Essa situação desagradável é o espelho da gestão administrativa da CBF, das federações estaduais e da quase totalidade dos clubes.
Outro dia, a mulher do treinador do Botafogo, Oswaldo Oliveira, reclamou pela internet do constante atraso de pagamentos. É o retrato opaco do nosso futebol dos dias atuais.
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