Os tristes e chocantes episódios de domingo – antes e depois do Atle­­tiba – motivaram policiais, torcedores e dirigentes para nova reunião para combater a violência. Faz anos, e muitos, que antes e depois dos grandes jogos em Curitiba esse pessoal faz reunião. E nada é resolvido.

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Agora voltam a falar em clássico de uma torcida só, a do mandante do jogo. Os adversários ficam em casa. Besteira. Os opositores do time que manda o jogo ficam em suas trincheiras armando e concebendo estratégias para surpreender os torcedores ao saírem do estádio. São profissionais da violência, beligerantes por vocação, gente sem educação porque faltou berço familiar na formação do caráter de cada um.

Chega de conversa

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Estamos fartos de tanta conversa fiada. Os dirigentes não exercem influência nenhuma sobre as torcidas, estas é que normalmente fazem cobranças severas dos mandatários dos clubes. Existem diretores – um exemplo é Mário Celso Petraglia – que pela sua formação, irreverência e grosseria ao pronunciar palavras acabam estimulando a violência. Talvez não seja querer a violência intencionalmente, mas a conduta leviana acaba causando reações diversas nos torcedores. Que fique claro que não foi o caso do último Atletiba, pois neste momento Petraglia está preocupado em minar o trabalho da diretoria atleticana.

E a polícia

A segurança pública do Paraná tem uma grande parcela de culpa. Essa situação é tão grave que ao assumir o governo, Roberto Requião avocou a responsabilidade de conduzir os trabalhos da Secretaria de Segurança. Não adiantou nada e ele cansou. Passou o bastão para o atual secretário, sem instrumentos para o combate.

Nossa polícia é insuficiente para atender a demanda. É im­­pressionante como cresce a violência em todos os municípios. Na região metropolitana é uma vergonha total. Delegacias fe­­chadas, carros quebrados, policiais desestimulados, sistema prisional que não ressocializa ninguém e um número estupidamente desproporcional entre o número de habitantes e o efetivo policial. Como as brigas não acontecem dentro dos estádios, o mínimo a esperar do comando policial é distribuir os combatentes da violência em diversos pontos da cidade. Não adianta encher o estádio e seu entorno de policiais. O trabalho precisa ser descentralizado e o alvo são as gangues que brigam e matam sem piedade. Resultado de jogo de futebol não é motivo para matar, ferir ou arruinar a vida de ninguém. Isso é coisa de bandido. E bandido deve ser motivo de ação policial drástica.

Uma torcida só?

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Façam a experiência e depois analisem os resultados. Os canalhas estão espalhados pela cidade de Curitiba, sempre prontos para satisfazer seus instintos criminosos.