Com a péssima campanha no Campeonato Bra­­sileiro, os paranistas ligados com maior intimidade ao clube começam a se distrair com o processo eleitoral que será realizado antes do fim da Série B.

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O ex-presidente José Miranda – que foi suspenso por um ano das atividades associativas do clube por envolvimento irregular com empresários de jogadores –, já disse que será candidato. Revela que foi conclamado pelo povo e resolveu aceitar. A agitação começa por aí. O presidente punido pelo Conselho Delibe­­rativo cumpriu a pena. Legal­­men­­te, pode concorrer. Moral­­mente, penso eu, não! Que grau de confiabilidade terá Miranda para exercer a presidência do Paraná depois do escândalo das propinas?

Para mim, que apoiei várias ações do ex-presidente que mais tarde causou-me arrasadora de­­cepção, o lugar do professor é ficar em casa, curtindo a aposentadoria do exército e do magistério. Para deixar bem esclarecido, Miranda pode ser candidato, nada o impede legalmente. Mas... nem tudo que é legal é moral.

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Sabedores da intenção de Miranda, inconformados e ao mesmo tempo revoltados, ex-presidentes estão formulando planos para ganhar as eleições. Vários nomes já foram listados. Alguns bons. Outros deixaram dívidas e maus resultados técnicos no meio do caminho. Os se­­nhores Ênio Ribeiro e Dilso Rossi não foram felizes em suas gestões. Penso que a grande crise de hoje começou com os dois no comando do Paraná. O Tricolor afundou. Argumentam os defensores dessa estratégia que o grupo tem muito dinheiro e poderá ajudar o clube. Já deveriam tê-lo feito. A penúria do Paraná não é novidade para ninguém.

Discreto, o atual presidente quer evitar a disputa eleitoral para não tirar o foco do combalido time de futebol.

Cometeu vários erros na condução do futebol e cercou-se de péssimos conselheiros. Para compensar, como administrador, levou várias ações trabalhistas à extinção jurídica. Gastou muito dinheiro com indenizações criadas por dirigentes anteriores e vem resgatando os compromissos financeiros do clube.

É uma pessoa que não deve ser esquecida, não apenas pela índole paranista. Também pelo trabalho que realiza sem fazer apologia para consumo público.

Os ex-presidentes deveriam ter socorrido o clube há muito tempo. Não precisava ser com dinheiro, mas com trabalho e colaboração. Cumpriram suas tarefas e caíram foram, deixando o clube órfão de apoio e ajuda.

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Menos mal que enxergaram o pecado que cometeram e procuram correr atrás da absolvição. Da consciência em primeiro lugar.