• Carregando...

A violência entre as torcidas organizadas é um dos mais tristes episódios do mapeamento dos eventos dentro e fora dos estádios no Brasil e alguns outros países. As cenas mais explícitas da selvageria no Paraná ocorreram no pós-jogo do Alto da Glória em dezembro de 2009, depois do rebaixamento do Coritiba. Nada parecido tinha acontecido por aqui. Foi chocante, triste e tudo custou muito caro ao Coritiba. Os detratores da ética e da esportividade estão frajolas, sem punição.

No pré-jogo Palmeiras e Corinthians no domingo aconteceu uma verdadeira batalha campal entre a parte podre das duas torcidas. Dois torcedores palmeirenses perderam a vida estupidamente. Para tentar contornar a violência a Federação Paulista de Futebol proibiu expressamente o ingresso dos membros das duas torcidas organizadas nos estádios de São Paulo.

Medida correta, mas quase inócua. Pelo seguinte motivo: o malandro selvagem compra um ingresso comum, adquire o direito de entrar no estádio e vai se incorporar ao núcleo de torcedores do seu time. As torcidas organizadas já deram uma boa contribuição ao futebol brasileiro.

Foi o tempo em que levaram alegria aos estádios e esgotavam sua participação nesses gestos festivos. A bebida alcoólica, as drogas, a falta de educação e a violência selvagem contumaz e própria de delinquentes foram impulsos motivadores de desmedida carnificina praticada fora dos estádios. Vidas promissoras de jovens foram interrompidas pelos irracionais impunes. Gente que agride e mata está na mais alegre impunidade.

As lágrimas que rolam pela face de pais, irmãos e de amigos não comovem os assassinos de vidas humanas. A própria polícia é impotente para prevenir tanta violência. Esses grupos de facínoras marcam suas guerras através das redes sociais e os locais do encontro funesto sempre mudam de endereço. Enquanto o Poder Judiciário for bonzinho com a turba enfurecida, jovens vão perder o bem mais importante que Deus nos deu, a vida.

Operador do direito

Advogado vitorioso da nova geração de advogados desportivos, Itamar Côrtes, que preside a Comissão Especial da Justiça Desportiva do Estado do Paraná, ganha destaque como advogado de causas trabalhistas de interesse de clubes e atletas. Ele participou do grupo que defendeu o Coritiba após a exagerada punição imposta pelo STJD no mais polêmico julgamento dos últimos anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]