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Em meio ano o Atlético contrata o terceiro treinador. Nada de novo. O futebol brasileiro promove a maior rotatividade de técnicos que se conhece. É a válvula de escape para compensar más contratações, lesões e punições por falta de tranquilidade de determinados jogadores. Também existem os imprevistos. Por exemplo: o Ru­­bro-Negro contratou Claiton e nele depositou elevado grau de esperança. Não poderia imaginar a lesão que o jogador sofreu em um treino de rotina, que vai deixá-lo fora até o final do campeonato.

Antônio Lopes é um treinador experiente, já trabalhou em grandes clubes brasileiros, inclusive no próprio Atlético.

Alguns consideram o Lopes ul­­­­­­trapassado. Não concordo. Ida­­de cronológica não significa fracasso. Lopes está lúcido, tem bagagem acumulada invejável, conhece todos os labirintos do futebol e pode fazer o que os atleticanos esperam, sair do rebaixamento.

A rotatividade dos treinadores nos mostra uma faceta do futebol.

Celso Roth foi dispensado do Grêmio e brilha no Atlético Mi­­neiro. E o exemplo mais contundente é o de Muricy Ramalho. Depois de tantos títulos deixou de ser útil ao São Paulo. Contratado pelo Palmeiras, já colocou o time no primeiro lugar do Brasileiro. Assim é a vida dos treinadores. Verdadeira gangorra, sofrendo incidência constante de fatores diversos.

Antônio Lopes é um senhor obreiro de futebol, alternando bons e maus resultados, tudo muito próprio do mais popular esporte do mundo. Boa sorte ao experiente treinador, apesar da complicada missão.

Outra derrota

No horroroso gramado do estádio onde o Duque de Caxias manda os seus jogos, nova derrota do Paraná. Mesmo ajudado pela arbitragem que anulou gol legítimo do adversário, o Tricolor perdeu. Nas penalidades máximas os erros foram compensados, de forma errada nos dois casos, um para cada time.

O que alarma no Paraná é a incapacidade para segurar um resultado que lhe era favorável.

Novo livro

O professor a jornalista Aroldo Murá lança no próximo dia l4 o segundo volume da coletânea Vozes do Paraná. São biografias retratadas, com fino bom gosto, de personalidades da vida paranaense. No segundo volume, al­­gumas personalidades que de­­ram grande contribuição ao futebol, a começar pelo mestre René Dotti, jurista e professor, como integrante ao Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Para­­naense de Futebol, nos tempos de seriedade plena. Luiz Alfredo Malucelli , antes de virar publicitário e chefe de cozinha, trabalhou em rádio, jornal e televisão como repórter esportivo.

Raul Trombini, falecido re­­centemente, falando de sua paixão pelo Paraná Clube, Co­­lorado e Ferroviário. Em vários momentos deixou suas consagradas empresas para colaborar com o futebol.

Foi um dos artífices da fundação do Paraná Clube.

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