O futebol surpreende, não comporta previsões seguras e vive deixando analistas e torcedores sem saber o que pode acontecer. Exemplifico com os nossos clubes da Primeira Divisão.

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Houve um momento, recente, que imaginei o Atlético e o Co­­ritiba distantes do perigo do grupo que corre o risco de rebaixamento. O raciocínio era simples. Bastava um pouco mais de qualidade técnica. Mais vitórias e menos mediocridade. Não foi o que aconteceu. A dupla aqui da terra não se firmou jamais. Faltou bola e nos momentos mais im­­portantes os dois fracassaram. A última rodada foi um fiasco completo.

Contra o Cruzeiro o Atlético fez um primeiro tempo horroroso. Apenas um lance de perigo. Falta batida por Paulo Baier e uma boa defesa do goleiro Fábio. No tempo final, o time de Antonio Lopes melhorou um pouco. Abriu vantagem no placar em jogada de classe do sempre professor Paulo Baier e conclusão no melhor estilo de Marcinho. Tentou, mas não soube administrar a vitória. Recuou demais e deu campo aos mineiros que empataram no último minuto do tempo regulamentar. Foi um desastre. Com os três pontos que deixou de ganhar estaria tranquilo, programando o futuro.

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Outro desastre

O Coritiba foi goleado pelo Santos. Não marcou e tomou quatro. E o Santos, por insuficiência técnica, jogou pela janela valiosas oportunidades de gol. Não é exagero do colunista dizer que os paranaenses foram humilhados na Vila Belmiro. Péssimos zagueiros, meio de campo improdutivo e o ataque (que ataque?) não compareceu novamente. Desse jeito é difícil abandonar o sofrimento, poupar a torcida e merecer a confiança procurada.

E no Rio...

O Botafogo derrotou o São Paulo e se juntou a Coritiba e Atlético. Os três somam 44 pontos, com dois de vantagem sobre o guerreiro Fluminense, que venceu outro jogo e ainda está perto da guilhotina cruel.

Neste momento a tabela é melhor para o Atlético, que jogará por ele e pelo Coritiba contra o Botafogo no Estádio Joaquim Américo. E o Alviverde vai a Minas enfrentar o Cruzeiro, que ainda pensa na Libertadores. Nada fácil. Tão importante quanto ganhar, os dois paranaenses devem torcer fervorosamente para o Fluminense perder. O time carioca é o único que deixa aturdidos os integrantes do grupo dos quarenta e quatro pontos. E o Flu não está para brincadeira. Joga sério e já é o maior ganhador das últimas rodadas. Bonita recuperação.

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Paraná

Termina em alta a campanha na Série B. Como legado do trabalho realizado, o técnico Roberto Cavalo entrega ao futuro um bom artilheiro, Marcelo Toscano.