• Carregando...

Provisoriamente, o Tricolor está fora da zona do rebaixamento. O ponto conquistado na última partida tem grande importância. Evitou a derrota para o Ceará, mais qualificado, com melhor pontuação e aspirante ao G4. Mais importante é que jogou melhor que o adversário e mostrou à sua torcida duas recuperações técnicas que devem ser valorizadas. O goleiro Mauro e o meia Cristian – ambos levaram pancadas da torcida e dos jornalistas especializados, ganharam direito à reabilitação. Duas grandes figuras que souberam liderar todo um time determinado, veloz e que vai adquirindo personalidade. O Paraná perdeu o medo, supera o trauma das dificuldades e respira ar de felicidade.

O sufoco que o clube vive é a penitência pelos erros cometidos. Alguns, recentemente. Outros, remotamente. A soma de todos, cumulativamente, resultou em desequilíbrio técnico, político e administrativo.

Sair da zona da prostituição técnica de forma passageira é insuficiente. Não pode perder o embalo de ser forte e vencedor contra o Bahia e esperar que, como retribuição pela pesada penitência, seja ajudado pela providência divina, sendo beneficiado por resultados negativos dos concorrentes mais diretos. Deus existe.

Os jogadores sabem disso e passam a impressão de que estão com a cabeça feita.

A estréia de Geninho

O treinador mais amado pela torcida do Atlético volta ao clube depois de resistência teimosa dos que mandam no Atlético, e que, com certeza, devem estar envergonhados(espera-se) pela obra maldita que criaram no futebol do Rubro-Negro.

Geninho recebe um time na área de rebaixamento em crise técnica e emocional. Não conheço exemplo recente de clube em crise política e de incompetência administrativa que tenha time de futebol com produção vitoriosa. Geninho sabe disso.

Para sorte do experiente treinador, mais do que ele quem conhece o quadro devastador do Atlético é a torcida. Os torcedores serão os pilares de sustentação do técnico querido, campeão brasileiro de 2001 sob a presidência de Marcus Coelho, no tempo em que o velho e sempre renovado Furacão era dirigido democraticamente.

Marcos Malucelli, apesar dos fortes vínculos com os presidentes do Conselho Gestor e do Conselho Deliberativo, tem uma oportunidade rara de provar sua influência nas decisões do clube.

Basta devolver aos repórteres o direito de acompanhar os trabalhos do Atlético no CT do Caju e instalar a Rádio Transamérica em cabine própria para trabalho de tamanha relevância.

Post Scriptum

O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu que o Atlético (como queriam os senhores do poder) não pode cobrar das emissoras de rádio qualquer valor financeiro pelas transmissões feitas do Estádio Joaquim Américo. A decisão será publicada em acórdão do TJ nos próximos dias.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]