Depois de tantas experiências frustradas e decepcionantes o Atlético foi buscar Antônio Lopes para dirigir a equipe. Menos mal, sabemos quem é, o que faz e como faz. Um profissional de caráter que trabalha com dedicação. Não é nenhum milagreiro, e como só Deus faz milagre o sucesso vai depender dos jogadores postos à sua disposição. Deus só existe um, o Criador e inspirador de nossas vidas. E que ninguém se proclame clone divino, como já foi insinuado publicamente. Comparar-se a Deus é de uma estupidez diabólica. Heresia imperdoável, só praticada por desvairados à beira da insanidade.

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Como não é a primeira vez que Lopes passa pelo Rubro-Negro conhece os defeitos e as virtudes, principalmente dos dirigentes. Do grupo de jogadores tem informações e como não veio para servir de teste laboratorial, com certeza, vai pedir jogadores de melhor qualidade. Hoje o Atlético tem uma defesa sofrível, um meio-de-campo onde só Ferreira brilha e um ataque do craque Alex Mineiro e do instável Dênis Marques. É muito pouco para quem alimenta sonhos avassaladores, em busca de muitas conquistas.

É difícil definir o que seja um bom treinador. Quando não vão embora porque querem, os técnicos são demitidos porque não agradam. Jogadores são perdoados. Dirigentes, mesmo que pratiquem erros primários são intocáveis. Têm imunidade perpétua.

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Estamos diante de dois exemplos atuais. Vadão e Lopes passaram pelo Atlético em três momentos diferentes. Já foram considerados "salvadores" e depois "coveiros". As mesmas pessoas, com os mesmos conhecimentos e a mesma personalidade. Qual é o fato definidor da qualidade ou não de ambos? Elementar, a sorte. Logo, dá para especular se treinador de futebol tem profissão ou faz um exercício lotérico quando está em atividade. O sucesso do técnico depende muito mais de fatores externos do que dos seus conhecimentos teóricos.

A torcida não tem esta compreensão, para ela falta tempo para avaliar com ponderação o que sucede com o condutor do time, na verdade, um locutor com poder de ficar na área técnica gritando sem ser ouvido, quase sempre sufocado pela paixão verbalizada pelos torcedores. Sou daqueles que atribuem um peso relativo aos treinadores de futebol. Não podem, invariavelmente, ser considerados os ganhadores ou perdedores de um jogo.

Claro, estou falando em tese. Os casos particularizados devem receber uma análise diferenciada. Algumas exceções: Luiz Felipe Scolari, Telê Santana, Luxemburgo e poucos outros no mundo. Os outros são pobres mortais, sujeitos, sempre, aos humores dos dirigentes, jornalistas e torcedores passionais.